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quarta-feira, 4 de julho de 2007

Em nota, subprefeito diz que teve o nome usado

Em nota enviada ao blog, o subprefeito do Butantã, Maurício de Oliveira Pinterich, alega ter tido sua imagem atingida pelas recentes denúncias publicadas pela imprensa – e aqui reproduzidas – que o vinculariam a donos de bingos investigados em suposto esquema de corrupção em subprefeituras da Capital. As denúncias foram publicadas a partir de segunda-feira passada em diversos jornais e ganharam o noticiário das tevês e rádios. Na nota, Pinterich afirma que teve o nome "usado".

As informações publicadas pela imprensa apenas foram reproduzidas aqui. No tocante aos comentários tecidos por mim, que fazem parte do estilo do blog, estes se restringiram ao campo político. Nas notas, o subprefeito foi apontado como "acusado", conforme o publicado pelos jornais, não tendo sido imputada a ele – ou a qualquer outro subprefeito – a pecha de "culpado".

Politicamente, as situações descritas pela imprensa na cobertura desses casos foram avaliadas por mim como "incompetência" ou "conivência", o que tem sido uma observação recorrente feita por este mandato a diversos atos da administração municipal desde que os tucanos e aliados assumiram o controle da cidade. Críticas dessa natureza foram e são feitas para se contrapor às promessas dos atuais administradores municipais de "resolver os problemas da cidade" em seis meses, sendo esse o lema do então prefeito Serra - que nomeou praticamente todos os subprefeitos que aí estão.

Abaixo, teor da mensagem enviada pelo subprefeito:

"Sr. Vereador João Antonio,

Encaminho em anexo, matéria publicada no jornal O Estado de São Paulo-Caderno Cidades, bem como fotos que comprovam ter sido o Bingo em questão fechado, pessoalmente por mim em 3 ocasiões. Segue , ainda, abaixo e-mail recebido do advogado Paulo Bonadies, grampeado pela Polícia Federal, que pede perdão e declara ter mentido, usando meu nome, para receber ele a propina mencionada nas gravações.

Solicito de vossa excelência o reparo necessário de modo a restabelecer a verdade e a minha imagem de homem público.

Fico a sua disposição para qualquer esclarecimento que Vª.Excelência julgue necessário".

Mauricio de Oliveira Pinterich - Subprefeito do Butantã.

Abaixo, veja a matéria do jornal O Estado de S. Paulo de ontem (3) citada por Pinterich:

Subprefeito afirma que multou e fechou bingo

Pinterich, do Butantã, nega ter recebido propina de advogados

Eduardo Reina

"O subprefeito do Butantã, Maurício Pinterich, apresentou ontem um histórico de ações de fiscalização para negar que tenha favorecido o Bingo Morato, na Avenida Francisco Morato, zona oeste. Publicadas ontem pelo Estado, escutas realizadas pela Polícia Federal durante a Operação Têmis mostram os advogados Paulo Bonadies e Luiz Roberto Pardo discutindo o pagamento de propina ao subprefeito para manter o bingo aberto. "Já ficou provado que não tenho nada com isso. Ele (Bonadies) usou meu nome para obter vantagem financeira (de Pardo), que estava devendo dinheiro a ele", disse Pinterich.

No histórico, o subprefeito afirma que houve oito blitze no bingo entre 30 de março de 2006 e 23 de abril, com seis multas (por falta de licença de funcionamento e quebra de lacre). O valor das multas supera R$ 25 mil - Pinterich não soube dizer se elas foram pagas".

Clique aqui para ler a matéria completa (para assinantes).

Além do trecho da matéria do Estadão acima reproduzido, reproduzo também um trecho do e-mail enviado ao subprefeito pelo advogado Paulo Bonadies, no qual este pede "perdão" a Pinterich e confessa ter usado indevidamente o seu nome:

"PERDÃO!!!

É SÓ O QUE ME RESTA PEDIR POR AGORA.

EU MENTI PARA AQUELE ADVOGADO, QUANDO ELE DISSE QUE O CLIENTE DELE ESTARIA "OFERECENDO 10 POR MÊS", COMO FORMA DELE ME PAGAR O QUE ME DEVIA POR UM ESTUDO JURÍDICO QUE HAVIA ENCOMENDADO NO FINAL DO MÊS DE NOVEMBRO/06.

SE ELE TIVESSE REALMENTE LEVADO ESSE DINHEIRO, EU TERIA DITO A ELE QUE O PAGAMENTO SERVIRIA COMO PARTE DO PAGAMENTO PELO QUE ELE ME DEVIA. OCORRE QUE NEM ISSO ELE PAGOU!!

CLARO ESTÁ QUE, COLOCADO O DIÁLOGO NA MÍDIA, O QUE SERIA UMA (ESTÚPIDA) ARTIMANHA PARA RECEBER O QUE ME ERA DEVIDO, GANHOU STATUS DE VERDADE".

O texto acima é assinado por Paulo Bonadies.

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