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sexta-feira, 18 de abril de 2008

Um pouco de Almir Sater

Tocando Em Frente


O violeiro

Em pequeno gostava de fazendas, bois e do som da viola. E para juntar as paixões foi preciso sair de Campo Grande, onde nasceu, e parar no Largo do Machado, no Rio de Janeiro, quando topou com dois violeiros mineiros tocando no meio da praça. Tinha vinte e poucos anos e decidiu, nesse momento, largar o curso de Direito e voltar para casa, para tocar viola. Suas composições falando de fronteiras, águas, canoas, boiadas, peões, varandas, galopes e pássaros, assim como suas obras instrumentais, fizeram dele, desde a década de 80, um músico singular.

Desde o início, passeou livremente pelo som da música popular urbana, a sertaneja, Villa-Lobos, os pagodes de Tião Carreiro, e da fronteira do Mato Grosso, do Vale do Jequitinhonha e de outros reinos da viola e da cultura popular.

Apesar de participar de novelas como ator, sua vocação é mesmo a de compor , canta e tocar viola - isso começou cedo. Os amigos do pai em Campo Grande, gostavam de bossa nova. O menino estudava violão, mas ouvia viola no rádio, naqueles programas de madrugada, hora de caipira acordar para pegar na enchada, 'hora de cuspir', como brinca o povo da roça.

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