Encerrando a terceira parte da nossa série Símbolos e Lugares de São Paulo, o blog publica hoje (22) um roteiro turístico pela Catedral da Sé e pela Praça da Sé - expressão religiosa e popular do marco zero da Capital paulista. A pesquisa é de Felipe Ramlho Rocha.
O MARCO ZERO DE TODO TURISTA QUE VISITA SÃO PAULO
Para encerrar a série de reportagens sobre a Praça da Sé, venho trazer-lhes um pouco do que podem encontrar em uma visita à Praça e Catedral.
Na Praça encontra-se uma série de esculturas em meio a espelhos d’água e fontes que se espalham pelo local. Pode-se chegar à praça pelo Metrô, evitando assim o trânsito, que se tornou uma constante em São Paulo, e ao mesmo tempo aproveitar para conhecer a estação, que é uma das maiores e mais arrojadas de São Paulo.
A praça é um ótimo lugar para descansar, atualmente está passando por uma reforma e limpeza de suas fontes e esculturas. A praça passou por uma profunda reforma durante o ano de 2006, tendo sido parcialmente entregue em 25 de janeiro do ano seguinte (ou seja, na data do aniversário da cidade) pelo prefeito Gilberto Kassab.
A reforma foi criticada por entidades ligadas ao direito à moradia e à população sem-teto de São Paulo, pois focalizava recursos em projeto que - segundo eles - era caracterizado por um caráter de higienismo social, expresso pela instalação de dispositivos apelidados de "antimendigos". As medidas fariam parte de uma política iniciada na gestão de José Serra, associada a uma suposta 'gentrificação' daquela região da cidade, a qual tem sido duramente criticada por defensores dos direitos civis.
A praça em si tem seu charme e beleza, mas a atração principal da praça é na realidade a catedral, que se encontra à frente do “marco zero” da cidade. Entre os cinco maiores templos góticos do mundo, a catedral é um primor da arquitetura que enche os olhos do visitante, a impressão que se tem ao entrar no templo é que não se tem olhos o suficiente para englobar o todo da obra em sua beleza.
Uma visita com calma revela detalhes que passam despercebidos pelo visitante desatento, entalhes em mármore, de diversas figuras, cuidadosamente executados. É permitido que se tire fotos e aconselho que o visitante o faça. Não bastasse a toda a exuberância da nave, o visitante ainda pode fazer uma visita monitorada a cripta que se encontra a baixo do altar-mor. Escondida a alguns palmos abaixo, por onde passa a linha imaginária do trópico de Capricórnio, bem no coração da cidade.
Podendo ser considerada uma igreja à parte, a cripta guarda esculturas e tumbas de célebres personagens da história, lá embaixo, as escadas, assim como as colunas, são de granito. O piso é de mármore de Carrara, em preto-e-branco. O teto, repleto de arcos com tijolos, segue o mesmo estilo gótico da Sé.
Uma lenda urbana paulistana diz que existe uma passagem ali embaixo que liga a catedral a outras duas igrejas paulistanas, a de São Francisco e a de São Bento, . "Tem gente que bate na parede para ter certeza de que ela não tem um fundo falso", conta a guia Vera Regina Gomes, 50.
Nas duas laterais centrais da cripta, duas esculturas em mármore: Jó, o afligido do Senhor, e São Jerônimo, ambas assinadas por Francisco Leopoldo, irmão do arcebispo dom Duarte Leopoldo e Silva, responsável pelo início das obras da Sé. Dom Duarte também está enterrado no mausoléu.
Visitas monitoradas: de quarta a segunda, das 9h às 17h (suspensas quando há missas das 12h às 13h)
Duração: 30 minutos
Ingresso: R$ 4 (crianças até sete anos não pagam)
Onde fica: catedral da Sé, praça da Sé, s/nº
Informações pelo tel.: 0/xx/11 3107-6832
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