Do jornal Folha de S. Paulo:
"Professores da USP decidiram ontem, durante assembléia que reuniu 300 docentes, entrar em greve em apoio à reivindicação dos estudantes que invadiram há 21 dias a reitoria da universidade. Os docentes da Unicamp também entraram em greve ontem.
Os manifestantes se posicionam contra medidas da gestão José Serra (PSDB) para o ensino superior, que, segundo eles, atacam a autonomia das instituições. O governador e os próprios reitores negam que isso esteja ocorrendo.
A decisão dos docentes se soma às greves aprovadas na semana passada por alunos e funcionários, que atingem principalmente a FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) e a ECA (Escola de Comunicação e Artes). Tradicionalmente, a paralisação de docentes é mais forte justamente nessas unidades.
A assembléia da Adusp (associação dos docentes da USP) reuniu aproximadamente 300 pessoas, diz a entidade. A instituição possui 5.222 docentes, mas geralmente as assembléias reúnem cerca de 200 pessoas.
"A ocupação da reitoria acelerou a nossa greve", disse o presidente da Adusp, Cesar Minto. Após a decisão, a medida passou a ser discutida em reuniões em cada unidade. Os professores já convocaram nova assembléia para amanhã. Além das críticas ao governo, cada categoria possui pautas específicas. A dos estudantes tem 17 pontos, que inclui melhoria nas moradias e reforma de unidades. Já docentes e funcionários reivindicam reajuste de 3,15%, além de uma parcela de R$ 200 a toda a categoria".
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