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quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

Serra x Alckmin

Em sua primeira semana de governo, Serra editou três decretos que são dignos de uma profunda reflexão. Vejam: a renegociação dos contratos, o recadastramento dos funcionários e o pregão eletrônico.

A Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo publicaram em suas edições de hoje o mal-estar causado pelas medidas citadas.

O ex-governador Geraldo Alckmin também ficou irritado com o balanço apresentado na cerimônia de transmissão de cargo pelo seu vice, que assumiu os últimos 8 meses em seu lugar.

O ex-governador Lembo, já na sua posse, demonstrou discordância com a gestão Alckmim, utilizando a seguinte parábola: "Esperava encontrar um carro novo importado e, na verdade, encontrei um fusca usado", se referindo ao estado em que encontrou a máquina pública.

O que podemos interpretar da decisão do Serra ao editar tais decretos?

Quando propõe a renegociação dos contratos, o governador está indicando que os contratos foram superfaturados ou que foram negociados em prejuízo do estado. Seja qual for o diágnóstico, a conclusão a que chegamos é de que Serra está denunciando a má gestão de seu antecessor tucano.

Sobre o recadastramento dos funcionários, concluimos que Serra está denunciando a existência de funcionários fantasmas. É uma denúncia grave para um partido que está governando o Estado há 12 anos.

Por fim, ao instituir o pregão eletrônico podemos deduzir que os governos anteriores não cumpriam a lei das licitações, contratavam mal - sugerindo até o desvio de finalidade no trato da coisa pública.

Diante de tantas ilações que os decretos nos sugerem, quero propor à bancada oposicionista na Assembléia Legislativa que faça um requerimento de CPI com o intuito de investigar todos os contratos de governos anteriores e a existência de funcionários fantasmas na máquina administrativa.

Assim, estará contribuindo com o governador Serra na elucidação das questões suscitadas com a edição dos seus decretos.

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