O Executivo municipal “descobriu” um forte esquema de superfaturamento na compra de medicamentos na Secretaria de Saúde do Município. A fraude aos cofres públicos foi descoberta depois de um “leve toque” (aviso) por parte da Polícia Civil e do Ministério Público. Remédio que custa R$ 6,50 na praça foi adquirido pela prefeitura a R$ 71,00. Dos 50 processos analisados pela secretaria de saúde – segundo dados da própria secretaria – em oito deles foram encontrados irregularidades. Mais de uma centena de casos encontra-se em processo de checagem.
O caso é muito grave. Por que será que a Secretaria de Saúde demorou tanto tempo para descobrir tamanha fraude? Pior: só descobriu depois do “toque” dado pelo Ministério Público e pela Polícia Civil.
Desta vez o Ministério Público e a polícia optaram por “alertar” a administração em vez de apontar os culpados e denunciá-los ao poder judiciário, é o que a imprensa tem noticiado. Talvez seja esta uma atitude crítica ou autocrítica daqueles que no interior das corporações citadas fazem pirotecnia midiática com fatos semelhantes ocorridos em outros governos. Não será esta uma atitude do tipo “dois pesos e duas medidas?"
O fato é que não tem como não perguntar: afinal, quem são os responsáveis? Que função exercem na secretaria? Há quanto tempo dura o esquema? E, por fim, quantos contratos e quais as empresas envolvidas?
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