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sábado, 13 de dezembro de 2008

Símbolos e Lugares de São Paulo (16)


Neste sábado o blog dá início a outra fase das publicações da série Símbolos e Lugares de São Paulo. A pesquisa de Felipe Ramalho Rocha mostra um dos orgulhos paulistanos em matéria de meio ambiente: o Parque do Ibirapuera.

A HISTÓRIA DO PARQUE DO IBIRAPUERA

A história do Parque do Ibirapuera começa em 1920, quando o então prefeito da cidade José Pires do Rio idealizou a construção de um parque semelhante aos existentes na Europa e Estados Unidos, como o Bois de Boulogne em Paris, o Hyde Park em Londres e o Central Park em Nova Iorque.

No entanto, um obstáculo tornava a obra inviável: a região onde hoje se encontra atualmente o Parque do Ibirapuera (do tupi: “ibirá” que significa árvore e “puera”- o que já foi- sendo traduzido como “pau podre ou árvore apodrecida”), era uma região alagadiça, que havia sido parte de uma aldeia indígena na época da colonização e era até então uma área de chácaras e pastagens, destinada às boiadas que seguiam para o Matadouro Municipal, localizado no bairro da Vila Mariana, e para os animais que puxavam os carros do Corpo de Bombeiros da cidade, o local era chamado de Invernada dos Bombeiros.

O obstáculo frustrou a idéia até que, um modesto funcionário da prefeitura, Manuel Lopes de Oliveira, conhecido como Manequinho Lopes, apaixonado por plantas, iniciou em 1927 o plantio de centenas de eucaliptos australianos, cujo objetivo era a drenagem do solo e a eliminação do excesso de umidade. Plantou também um grande número de espécies ornamentais e exóticas, destinadas a arborizar as ruas e praças da cidade, cujas mudas também eram distribuídas à população.

Em 1951, o então governador Lucas Nogueira Garcez institui uma comissão mista, composta por representantes dos poderes públicos e da iniciativa privada, para que o Parque do Ibirapuera se tornasse o marco das comemorações do IV Centenário da cidade.
O projeto arquitetônico coube ao renomado arquiteto Osca Niemeyer e a Roberto Burle Marx, o projeto paisagístico (embora este nunca tenha sido executado), sendo construído o projeto do engenheiro agrônomo Otávio Augusto Teixeira Mendes.

A idéia central que norteava esta obra seria de unir a modernidade urbana através de uma arquitetura arrojada com um projeto paisagístico não menos avançado. No entanto, o aniversário da cidade, em 25 de janeiro de 1954, não pode contar com a inauguração do Parque, que só ficaria concluído sete meses depois.

A inauguração em agosto, contou com 640 estandes montados por treze estados e dezenove países, merecendo destaque a construção, pelo Japão, de uma réplica do Palácio Katura, atração do Parque conhecida como Pavilhão Japonês. Desde 1999, a Sabesp - empresa de saneamento paulista, instalou uma estação de flotação, garantindo a qualidade das águas dos lagos que compõem o parque.

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