Em 1965, lançou Sonho de Carnaval, inscrita no I Festival Nacional de Música Popular Brasileira, transmitida pela TV Excelsor, além de Pedro Pedreiro, música fundamental para experimentação do modo com que trabalharia seus versos, com rigoroso trabalho estilístico morfológico e politização, mais significativa na década de 70. A primeira composição séria, Canção dos Olhos, é 1961.
Conheceu Elis Regina, que havia ganhado o Festival de Música Popular Brasileira de 1965 com a canção Arrastão; mas a cantora acabou desistindo de gravá-lo devido à impaciência com a timidez do compositor. Chico Buarque se revelou ao público brasileiro quando ganhou o mesmo Festival, no ano seguinte (1966), transmitido pela TV Record, com A Banda, interpretada por Nara Leão (empatou em primeiro lugar com Disparada, de Geraldo Vandré). No entanto, Zuza Homem de Mello, no livro A Era dos Festivais - Uma Parábola, revelou que a banda venceu o festival. O musicólogo preservou por décadas as folhas de votação do festival. Nelas, constam que a música a banda ganhou a competição por 7 a 5. Chico, ao perceber que ganharia, foi até o presidente da comissão e disse não aceitar a derrota de Disparada. Caso isso acontecesse, iria na mesma hora entregar o prêmio ao concorrente.
No dia 10 de outubro de 1966, data da final, iniciou o processo que designaria Chico Buarque como unanimidade nacional, alcunha criada por Millôr Fernandes.
Ela e sua Janela, de 1966, começa a demonstrar a face lírica do compositor. Com a observação da sociedade, como nas diversas vezes em que citação do vocábulo janela está presente em suas primeiras canções: Juca, Junuária, Carolina, A Banda e Madelena foi pro Mar. As influências de Noel Rosa podem ser notadas em A Rita, 1965, citado inclusive na letra, e Ismael Silva, como em marchas-ranchos.
Clique aqui e ouça Na Ilha De Lia No Barco De Rosa
Ouça também A Rita
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