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quarta-feira, 21 de novembro de 2007

"A montanha pariu um rato"

O PSDB procura desesperadamente encontrar um caminho para se livrar do rótulo de partido da indecisão e sem programa. Há cerca de um ano vem anunciando o seu Congresso que se realizará nesta semana. Segundo seus "caciques", este será um marco de uma nova fase da vida partidária. Para prepará-lo divulgou nesta semana um documento com título "Mais Estado e mais mercado".

O texto foi anunciado com alarde, porém até agora, se tomarmos como base o que foi publicado pela mídia, o documento é fraco e defensivo. Como diz o ditado, "A montanha pariu um rato".

O jornal Folha de São Paulo em seu editorial de hoje (clique para ler), faz uma crítica ao texto preparatório ao Congresso tucano: "O texto preliminar que sustentará as discussões sobre a nova agenda tucana, contudo, traz poucas respostas e muitas incertezas", diz um trecho do referido editorial. Mais adiante o jornal afirma: "Mas programas precisam falar do futuro. Não podem só ficar discutindo águas passadas, políticas que já se tornaram património do Estado democrático brasileiro. Nesse aspecto, o maior avanço das discussões preliminares do PSDB foi terem fechado o foco na pregação do voto distrital como reforma política fundamental. Esse é o típico posicionamento que ajuda a clarear o debate sobre as modificações na representação popular".

Desconsiderando o estilo conselheiro do jornal, para um partido que se coloca como uma alternativa de poder é muito pouco ter como a grande novidade no texto preparatório ao seu congresso a defesa do voto distrital.

Oposição sem programa desqualifica o debate político e não ajuda o país a avançar rumo ao desenvolvimento necessário. Isso não é bom.

A cultura política do povo brasileiro evoluiu e não tolera mais a prática do "quanto pior melhor" - marca de todos os partidos que fizeram oposição na história recente do Brasil. Os tucanos não fogem a esta regra, aliás, estão se apequenando frente aos enormes desafios que o país tem pela frente.

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