Do jornal Folha de S. Paulo hoje (26):
"Os passageiros tentam entrar no vagão, mas não conseguem. É preciso até uma equipe de seguranças para ajudar a encaixar pernas e braços dentro da composição, fechar a porta do trem e permitir que ele prossiga a viagem -com algum atraso.
Essas cenas se tornaram corriqueiras nos últimos meses na ligação mais nobre do sistema de trens metropolitanos de São Paulo, que beira a marginal Pinheiros, circunda bairros como Brooklin e Pinheiros e já foi uma referência em conforto.
A linha C da CPTM, recém-batizada de Esmeralda pelo governo José Serra (PSDB), saiu do cenário de vitrine para viver hoje uma crise inédita, com superlotação e atrasos, agravados por improvisos e por deficiência na manutenção dos trens.
Um termômetro da situação são as próprias reclamações dos passageiros à CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos): foram de 122 em agosto para 213 em setembro e para 1.860 em outubro. Um salto de 1.425% em dois meses.
TRENS SÃO ALVOS DE FURTOS E CANIBALISMO
Enquanto os passageiros enfrentam longas esperas e superlotação, a CPTM mantém em seu pátio de Presidente Altino, em Osasco (Grande São Paulo), um pequeno "cemitério" de vagões abandonados.
Ao relento ou dentro das oficinas, são mantidas por lá, paradas, 17 composições da companhia (a frota disponível para a operação é de 119) -fora outras que foram herdadas da extinta Fepasa e da CBTU.
Muitas delas têm seus bancos, janelas, fiação e outras peças alvos de vandalismo, furto e do chamado "canibalismo".
O "canibalismo" é uma prática realizada por funcionários da CPTM, que retiram peças de trens usados, abandonados ou temporariamente parados para colocá-las nas composições que estão em circulação hoje".
Meu comentário: A população que depende do transporte na região metropolitana sofre com a incompetência tucana. As obras da Rede Metroviária andam a passo de tartaruga, o sistema de ônibus metropolitano presta um serviço de péssima qualidade e a Rede Ferroviária está em completo abandono. Este é o legado tucano acumulado nestes 12 anos em que governam o Estado de São Paulo.
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