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terça-feira, 2 de janeiro de 2007

O falante secretário Pinotti

O agora secretário de Ensino Superior do Estado de São Paulo, o deputado federal José Aristodemo Pinotti é mesmo um político falante. Usa o espaço da coluna Tendências/Debates da Folha de S. Paulo nesta terça-feira (2) para "deitar falação" sobre um assunto que sequer quis conhecer de perto durante o tempo em que foi auxiliar de Serra na Prefeitura.

Dizendo-se certo de que no Brasil há uma avaliação excessiva e quase nenhuma ação concreta na Educação, ele questionou: "Até quando vamos continuar avaliando, avaliando..., só avaliando?". Curioso para quem passou pela administração municipal e não adotou uma só ação que mudasse o rumo dessa área.

Com uma estrutura privilegiada deixada pelo governo anterior, como os CEUs e os programas sociais como suporte à eliminação das desigualdades, o governo do qual Pinotti foi colaborador conseguiu apenas "avaliar, avaliar, avaliar...". Fez pirotecnia com programas que são mera publicidade - como o "São Paulo é uma escola" e "Ler e Escrever".

A administração José Serra, com Pinotti à frente da Educação, não passou de "mais do mesmo": falar muito e fazer pouco. Ou melhor, desestruturar o que já estava em andamento na cidade, com a politica acertada dos CEUs na cidade de São Paulo. Sob Serra/Kassab, os CEUs estão sendo transformados em "prédios", apenas.

Vale lembrar um estudo recente chamado Aprova Brasil, que avaliou as 33 escolas brasileiras com melhor desempenho: infelizmente, nenhuma das 33 é do município de São Paulo e nem do governo do Estado. E apenas 3 delas se localizam no Estado de São Paulo.

É lastimável ver as autoridades gastarem saliva, papel e tinta propondo tudo aquilo que não fizeram enquanto estavam (ou estão) à frente do governo.

2 comentários:

  1. O que me deixa preocupado é a falta de mobilização dos professores do município. Eles fazem parte de uma categoria sempre bem informada e consciente dos problemas da educação. Mas, quando entrou esse secretário "Pinotti", sem nenhuma tradição ou vivência na área da Educação, não percebi protestos dos educadores! Em contrapartida, o prefeito "Kassab", dá abonos para os professores...

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  2. Concordo com o leitor Ferrão. Sou professora e não vejo a hora do pessoal acordar. Está tudo muito parado, com a categoria sempre esperando uma migalha, como bem disse ele no seu comentário ao falar do abono. Falar e não fazer é a regra e esse Serra já mostra suas garras. De novo.

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