Santo Dias da Silva (Terra Roxa, 22 de fevereiro de 1942 — 30 de outubro de 1979) foi um operário brasileiro.
Seus pais, Jesus Dias da Silva e Laura Amâncio Vieira, tinham mais sete filhos, além de Santo, o primeiro braço no potencial de trabalho da família. Durante 40 anos sua família trabalhou como meeiros de diversas fazendas na mesma região.
Católico, desde a adolescência participava das atividades religiosas em sua terra natal, entre elas a Legião de Maria. A movimentação social da década de 1960 influenciou sua atitude e de muitos outros trabalhadores rurais. Entre 60 e 61, junto com outros empregados da Fazenda Guanabara, participou de um movimento por melhores condições de trabalho e salário. Por isso, sua família foi expulsa da colônia em que morava, e teve de morar na cidade, numa casa alugada.
O pais e os irmãos continuaram a trabalhar na roça, como bóia-frias. Santo resolveu procurar outras oportunidades e foi morar em Santo Amaro, na região Sul da Capital de São Paulo, área de grande concentração de indústrias. Ali, conseguiu trabalho como ajudante geral na Metal Leve, empresa de componentes metalúrgicos.
O movimento operário e a Igreja Católica
No início da década de 1960, o movimento operário lutava por aumentos salariais e pelo 13o salário. Ainda sem muita clareza política, Santo participou dessas reivindicações. Em 1965, conhecedor da intervenção no sindicato de sua categoria, iniciou sua atuação no grupo que formava a Oposição Sindical Metalúrgica de São Paulo.
Em 1967, para concorrer nas eleições para a direção sindical, a OSM lançou a Chapa Verde, encabeçada pelo militante cristão Waldemar Rossi, onde também participava da Frente Nacional dos Trabalhadores, organização parasindical laica ligada à Igreja Católica que precedeu a Pastoral Operária.
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