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quinta-feira, 14 de abril de 2011

População padece com superlotação do Metrô



Do Jornal da Tarde de hoje

O Metrô de São Paulo, que já é considerado o mais lotado do mundo, deve receber mais 1,5 milhão de usuários diários nos próximos três anos. A estimativa da companhia é que o número passe de 3,5 milhões para 5 milhões até 2014. No período, o governo do Estado pretende inaugurar 8 estações, ampliar outras 3 – para integrá-las a novas linhas – e entregar mais 9,4 quilômetros de trilhos.

Se as promessas forem cumpridas no prazo, a rede aumentará dos atuais 70,6 para 80 quilômetros. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) já admitiu que é pouco. “Temos 70,6 quilômetros. O ideal é o dobro disso, no mínimo”, disse, na inauguração da Estação Butantã, da Linha 4-Amarela, em 27 de março. Especialistas em transporte público e sindicalistas acreditam que a capital deveria ter 200 quilômetros de trilhos.

“Levando em consideração sistemas internacionais, a meta que São Paulo deveria atingir a de uma rede de 200 quilômetros”, opina o professor de engenharia da Fundação Educacional Inaciana (FEI) Creso de Franco Peixoto, citando como exemplo o metrô da Cidade do México, no México, que tem 202 quilômetros de extensão e 11 linhas.

“O metrô do México cresceu seis quilômetros por ano e durante dez anos. Acho que isso também é possível em São Paulo”, diz Peixoto. A expectativa do governo do Estado é entregar 2,5 quilômetros de linhas por ano até 2014. “Ainda está aquém do que a população precisa”, avalia o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo. Leia mais.

Comentário: O elemento principal que contribuiu e contribui para um transporte público de péssima qualidade na cidade de São Paulo foi a opção estratégica pelo transporte individual em detrimento do transporte público. A população tem pagado um alto preço por este erro histórico, aliás, erro que persiste até os dias de hoje.

Bilhões são investidos em túneis, viadutos e avenidas, muitas destas ocupando margens de córregos, contribuindo para danificar ainda mais o já degradado meio ambiente. Em contrapartida, muito pouco fizeram para ampliar a rede metroviária e ferroviária, quase nada de investimento em corredores de ônibus e os projetos alternativos anunciados, duvidosos quanto a sua eficácia - como no caso do Monotrilho -, não passam de meras pirotecnias eleitoreiras para responder a crítica opinião pública. Enquanto isso, a população vai padecendo com insuportáveis congestionamentos, superlotações no Metrô, trens e nos ônibus que circulam na cidade.

O governo do PSDB/DEM pouco tem a dizer sobre esta matéria, pois governam o estado de São Paulo há 17 anos e a Prefeitura há mais de 6 anos, tempo suficiente para planejar e executar obras que pudesse alterar, para melhor, este quadro caótico.

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