A segunda Audiência Pública realizada pela Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa (CCJLP) para tratar das obras do Complexo Viário Padre Adelino contou com a participação de representantes de entidades da Mooca e do Tatuapé, além de integrantes do governo municipal. Nos debates ocorridos na manhã de hoje na Câmara Municipal foram discutidos temas como a aplicação do projeto - que já está em execução-, os seus custos e os efeitos do futuro complexo no trânsito das avenidas Salim Farah Maluf e Radial Leste.
O PROJETO E AS DÚVIDAS - O projeto ora tocado prevê a construção de uma ponte estaiada sobre a avenida Salim Farah Maluf, com o intuito de desafogar o trânsito na região. O projeto original da Salim Maluf previa a construção de diversos viadutos ao longo do seu traçado, o que eliminaria diversos semáforos em seus cruzamentos. Esta via faz a ligação da Marginal do Tietê, da Dutra e do acesso ao ABC e à Baixa Santista.
No final do governo anterior foi projetado e licitado o Complexo Viário Padre Adelino, conforme previa o projeto inicial da Salim Farh Maluf - originalmente pensada para ser uma via semi-expressa.
Na Audiência Pública realizada pela CCJLP foram levantados diversos questionamentos relacionados à execução da obra. O representante do governo municipal, o secretário-adjunto da Secretaria de Infra-Estrutura Urbana (Siurb), Marcos Penido, ouviu as seguintes ponderações feitas pelos participantes da Audiência:
1 - Por que uma ponte estaiada, se naquele espaço o "vão" não é pronlongado?
2 - A construção da ponte estaiada elevará em quanto o custo total da obra?
3 - A previsão do custo total da obra é de R$ 69 milhões sofrerá algum aditamento?
4 - A execução da obra vai solucionar os problemas de tráfego e os congestionamentos da região?
5 - Quantas residências serão desapropriadas?
6 - Qual o valor a ser pago por estas desapropriações?
Diversos representantes da comunidade presentes à Audiência Pública levaram suas preocupações quanto aos efeitos da obra. Os professores José Guilherme Saturno e Sônia Maria, da Escola Estadual Professor Loureiro Júnior, informaram que a unidade escolar onde trabalham precisa de reformas. Na oportunidade, os dois pediram que a empreiteira responsável pela obra realize contrapartidas em benefício da escola, tais como a reforma e a melhoria do acesso dos alunos ao colégio quando a obra for concluída.
NÃO RESOLVERÁ - Mesmo diante das tentativas do governo de explicar alguns dos questionamentos acima, a opinião predominante entre os participantes da reunião é que a obra não produzirá os efeitos prometidos.
Ou seja, a obra não resolverá os problemas de trânsito na região, uma vez que levará um número ainda maior de veículos à Radial Leste - outra via que sofre com a saturação em praticamente toda a sua extensão.
A CCJLP se coloca à disposição da comunidade para levar estas e outras questões relevantes ao poder Executivo. Também continuaremos cumprindo a nossa missão de fiscalizar a execução da obra.
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