Hoje, li no jornal folha de São Paulo a seguinte notícia: "O governo José Serra (PSDB-SP) decidiu contabilizar como horário para preparação de aulas e correção de provas os intervalos de dez minutos entre as aulas na rede estadual. Como em São Paulo o percentual era de apenas 17,5%, o Estado, num primeiro momento, protestou contra a lei pois a mudança significaria gasto adicional alegado de R$ 1,4 bilhão (10% do Orçamento da área)".
A medida foi tomada para ajustar a rede à lei federal sancionada em julho que determinou que docentes do ensino básico devem ficar 33,3% da jornada em atividades extra-aula.
Na verdade o que o governador está fazendo com esta medida é driblar a Lei federal sem nenhuma desfaçatez. Que absurdo!
Alguns especialistas consultados pelo jornal criticam a medida: "O professor não consegue fazer nada em dez minutos", afirmou o membro do Conselho Estadual da Educação de São Paulo, Joaquim Pedro Villaça de Souza Campos. Afirmou ainda: "Mas a principal mudança deveria ser fixar o professor em uma única escola. Hoje, ele fica mais tempo se deslocando para várias escolas do que estudando."
É bom lembrar que manter um professor em uma única escola é um projeto defendido pela ex-prefeita Marta que está disputando o segundo turno na cidade de São Paulo.
A proposta do governo do estado é tão repudiada pelos profissionais da educação que a presidente da Apeoesp (sindicato dos professores estaduais), Maria Izabel Noronha, disse que "a interpretação só convence a própria secretaria".
"Se ela [a secretária] não recuar, vamos fazer greve. São Paulo não pode atropelar uma lei federal", afirmou Noronha.
Os especialistas estão certos, digo mais, não é possível imaginar uma educação de qualidade sem investir na qualificação profissional desta categoria. A previsão de atividades extra-aulas é uma medida que ajuda no preparo dos profissionais da educação. Este é o objetivo da lei sancionada pelo o presidente Lula que o Serra insiste em desrespeitá-la.
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