A partir de hoje, o blog publica uma série de textos mostrando alguns dos símbolos e lugares representativos da cidade de São Paulo. As publicações serão feitas às quartas-feiras e sábados.
Começamos pelo Museu do Ipiranga, monumento de rara beleza arquitetônica que terá sua história contada através de pesquisa realizada por Felipe Ramalho Rocha.
A COMPLICADA ESCOLHA DO MONUMENTO À INDEPENDÊNCIA
A idéia de construir um monumento à Independência no local de sua proclamação surgiu poucos meses após a data de 7 de setembro de 1822. Vários projetos de monumentos foram apresentados e logo pensaram num concurso de âmbito nacional, com envolvimento da corte e dinheiro de loterias, para a construção do monumento.
Por volta de 1876, formaram-se duas comissões - uma no Rio de Janeiro e outra em São Paulo. Os trabalhos de cinco participantes não emocionaram e o júri carioca nem chegou a se reunir. O poder central, algum tempo depois, agiu por conta própria. Visconde do Rio Branco, presidente da corte, entregou o projeto do monumento a Tommaso Gaudenzio Bezzi, um arquiteto altamente apadrinhado, casado com uma fidalga muito próxima às suas majestades imperiais.
Não se pensou em um monumento onde o homenageado fosse perpetuado em bronze para a lembrança das gerações, e sim num edifício de interesse social, uma escola, escola abrigo de menores, um grande prédio que viria a ser o Instituto Ipiranga. A obra não se iniciou, a comissão do monumento planejava às escondidas outro concurso, alegando que no lugar histórico seria feito um monumento tradicional e no Campo da Luz surgiria uma escola. Treze projetos foram apresentados, nove para o edifício escola e quatro para o monumento. Ficaram expostos por dois meses no salão do Banco Crédito Real aguardando julgamento.
Esta exposição foi visitada pelo povo e levantou-se, através dos jornais da época, várias discussões sobre o tema "arquitetura", debates e críticas levaram as pessoas a discutir e analisar em São Paulo projetos arquitetônicos relacionados tanto aos programas de necessidades ou aspectos técnicos, quanto à harmonização de proporções e estilos.
O resultado do concurso que teve a participação de Ramos de Azevedo (influente arquiteto de São Paulo responsável pelo projeto do Teatro Municipal), saiu em 26 de novembro de 1885. Foi uma prova meramente acadêmica, sem conseqüências práticas, uma vez que este resultado saiu vinte e cinco dias após o dia em que Pucci e Pinto Gonçalves assinaram o contrato da construção do projeto de Bezzi.
NO SÁBADO - A publicação prossegue com mais um capitulo da história da criação do Museu do Ipiranga. Será a segunda parte da série Símbolos e Lugares de São Paulo.
Parabéns em dobro por mais uma importante iniciativa do blog. Primeiro pela importância de passar aos leitores do blog histórias desta grande metrópole, cidade que tanto amo, que é linda por natureza. Segundo pela oportunidade dada ao nosso companheiro Felipe que poderá ter um espaço para mostrar seu trabalho com o reconhecimento de toda equipe.
ResponderExcluirTenho observado as propagandas eleitorai, de cada quatro comercial de cassabe os veículos comonicação só passa um da Marta.
ResponderExcluirquais as providencias que a coordenação da capanha está tomando?
abraços...