"Estamos numa democracia e cabe à Prefeitura respeitar e dialogar para poder encontrar o melhor caminho" (prefeito Gilberto Kassab, em entrevista ao jornal Diário de S. Paulo deste domingo, 4).
Como discurso, parece perfeito - ele se referia no caso a uma manifestação contrária à cobrança de Zona Azul no Parque do Ibirapuera. Na prática, a história é outra: a intenção da administração é implantar mesmo a cobrança, coisa que não vai resolver o problema e apenas criar transtornos para os usuários do parque.
Quem vê a frase fora do contexto real pensa que as coisas na cidade acontecem assim. Que a Prefeitura propõe, a sociedade se manifesta e depois de avaliadas as conseqüências, se encontra "o melhor caminho".
Não faltam exemplos de medidas que desagradam setores inteiros e que, mesmo assim, a Prefeitura impõe à cidade. Nesse sentido, a Câmara Municipal tem exercido um papel fundamental no "controle" do ímpeto do prefeito (de mexer nisso e naquilo, alterar leis, aumentar impostos etc) - na maioria das vezes funcionado como a ligação entre o que propõe a administração e o que realmente a população precisa.
É nesse papel que o meu mandato e dos demais companheiros do PT se encaixam na atual conjuntura.
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