No segundo ano de minha fuga
Li em um jornal, em língua estrangeira
Que eu havia perdido minha cidadania.
Não fiquei triste nem alegre
Ao ver meu nome entre muitos outros
Bons e maus.
A sina dos que fugiam não me pareceu pior
Do que a sina dos que ficavam.
BERTOLT BRECHT
Muito bonito e atual este poema.
ResponderExcluirMuitos não compreendem a sina que se abateu sobre o Zé Dirceu. Somente aqueles que cultivam de uma convivência mais próxima e lutam por um Brasil justo e fraterno podem entender este momento.
Oportuno... bonito... atual...Não é apenas o Zé... temos vários companheiros em situação semelhante...
ResponderExcluirAcredito que não será blasfêmia, dizer, leia-se Zé's; tantos perdemos por alguns anos, e muitos perdemos ao longo do tempo, e outros perdemos por definitivo. Por isso eu entendo que o nosso grande Zé Dirceu, um desses ZÉ'S que continua sendo perseguido pela elite dominante, deve ter nosso apoio para ser mais uma vez anistiado.
ResponderExcluirÉ isso Zé você não perdeu e nunca perderá sua cidadania, se depender daqueles que lutam, por uma sociedade mais justa e fraterna. Força estamos juntos.
Sou um "Zé" de tantos "Zés"
ResponderExcluir"Zés" de baixo, "Zés" de cima,
"Zés" de lado, "Zés" de quina,
"Zés" de luta, "Zés" de Dina,
"Zés" de puta,"Zés" de esquina,
"Zés" de glória, "Zés" Divina
"Zés" de história,"Zés" de sina,
Que se assina como eu
Pra acordar quem se perdeu
Sou um "Zé" do "Zé Dirceu
Em homenagem à história de luta do nosso Zé, aqui vai uns versos escritos pelo Carlos Marighella, num folheto intitulado "Se fores preso, camarada... "
ResponderExcluir"E que eu por ti, se torturado for,
possa feliz, indiferente à dor,
morrer sorrindo a murmurar teu nome".