O painel do jornal Folha de São Paulo de hoje(12) publica duas notinhas curiosas. Veja:
ANTENA 1. José Serra pretende fazer mudanças na TV Cultura e portanto na Fundação Padre Anchieta, que administra a emissora pública. Sentindo o clima, o presidente da fundação, Marcos Mendonça, tomou a iniciativa de ir ao Palácio dos Bandeirantes duas semanas atrás.
ANTENA 2. Num primeiro momento, Mendonça indicou que não pretendia entregar a rapadura. Depois, recuou e manifestou disposição de colaborar. O calendário da FPA prevê que o novo presidente seja eleito pelo conselho no final do primeiro semestre.
Eu já publiquei aqui no blog as semelhanças entre um homem centralizador e um ditador - os traços característicos são parecidos.
O governador Serra não delega poderes. Todas as decisões se concentram na sua pessoa. E o que é pior: não confia em ninguém.
A nota acima sugere que o governador vai aparelhar a TV cultura. Depois dessa - caso venha a se concretizar - podemos fechar um diagnóstico: não é mera semelhança, é mesmo um conceito de administração autoritária que começa imperar no Estado de São Paulo.
PS - Uma nota aqui publicada no dia da posse de Serra já levantava a lebre do 'controle' que o governador gostaria de ter sobre a emissora paulista: a Cultura transmitiu integralmente a posse de Serra, relegando a posse do presidente Lula ao segundo plano. E com a âncora e comentaristas 'elogiando' o novo chefe do executivo paulista e levantando suspeitas sobre o que seria o segundo mandato de Lula. Coisa dirigida, direcionada, bem ao estilo que Serra agora demonstra querer mais ainda na emissora que sempre teve uma imagem limpa politicamente falando.
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