O prefeito Gilberto Kassab vai entregar até julho o projeto de exploração de propaganda do Mobiliário Urbano para ser apreciado pela Câmara Municipal. O Mobiliário Urbano é composto pelos abrigos de ônibus, relógios eletrônicos e placas informativas (MUPIs - sigla de mobiliário urbano para informações).
Esse sempre foi o desejo do prefeito: ele quer super valorizar o Mobiliário Urbano em detrimento de outras formas de mídia exterior. No projeto “Cidade Limpa”, que foi aprovado pelos vereadores, em sua versão inicial Kassab limitava a propaganda apenas ao Mobiliário Urbano - até mesmo o edital de licitação já estava pronto. A Câmara decidiu excluí-lo do projeto original e zerar tudo para começar de novo. A proposta dos vereadores é negociar com o prefeito o envio de um novo projeto para possibilitar a revisão e o aperfeiçoamento da lei “Cidade Limpa”, que está causando polêmica na cidade.
O prefeito está anunciando que vai enviar à Câmara um projeto para explorar comercialmente apenas o Mobiliário Urbano, retomando a sua idéia inicial. Não acho correto, não foi esse o entendimento dos vereadores. E o restante da mídia exterior? Será que o prefeito acha mesmo que não vai haver nenhuma propaganda na cidade fora a do Mobiliário Urbano? Mera fantasia!
Numa cidade dinâmica como a nossa, centro do capitalismo brasileiro, ninguém vai conseguir impedir a existência de propaganda. O que deve ser feito é discipliná-la, estabelecer limites, impor regras rígidas e aplicáveis. Afinal de contas vivemos no capitalismo, onde "a propaganda é a alma do negócio".
Por que tanta obsessão do prefeito por limitar a propaganda em São Paulo ao Mobiliário Urbano? Todos sabem que, caso isso ocorra, haverá uma super valorização desse tipo de mídia. Quais serão os beneficiados? Corre no chamado 'mercado' que o formato da proposta impede uma maior concorrência e que somente duas ou três empresas estariam habilitadas a explorar, e o pior é que nenhuma delas é brasileira.
Vamos esperar para ver o que contém o projeto. Tenho certeza que o espírito público vai prevalecer e, ao final desse processo, a cidade sairá ganhando. Poderemos ter maior segurança jurídica para todos, cidadãos e empresários; maior disciplina nesta área e a cidade mais limpa e bonita sem exagero na poluição visual, mantendo o seu dinamismo e a sua vocação para continuar sendo o principal centro econômico do Brasil.
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