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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Mendonça tenta confundir, mas não consegue


Em artigo na seção Tendências/Debates, da Folha de S. Paulo de hoje (29), o ex-ministro das Comunicações e ex-presidente do BNDES do governo FHC, Luiz Carlos Mendonça de Barros (foto), tenta criar uma cortina de fumaça sobre o controverso período em que coordenou boa parte do programa de privatizações tocado pelo PSDB. O texto está disponível para assinantes do jornal ou do UOL (clique aqui para ler).

Em determinado trecho do artigo, LC Mendonça usa artifícios para chegar ao seguinte questionamento: "Vou ainda mais longe nos meus questionamentos: será que, após executarem as mesmas ações que condenavam no caso de FHC, vão os petistas trazer novamente as denúncias contra as privatizações tucanas nas eleições que se aproximam? Vão ainda falar na privataria tucana?". Ele se refere ao leilão para construção da hidrelétrica de Belo Monte, do governo federal, como se fosse uma "privatização" do tipo que o seu partido fez. Ele e qualquer economista sabe que não se trata de privatização, e sim da "construção" de uma obra.

Curioso foi ele, no próprio texto, referir-se ao programa tucano que comandou como 'privataria', esse sim até hoje sob questionamentos no Judiciário e na sociedade brasileira, pois foram vendidas estatais a preço de banana - que já haviam sido construídas, inclusive as que davam lucro. E o pior: os recursos não melhoraram em nada a saúde, a educação, os transpotes, a segurança e outras áreas no governo FHC, como prometeram Mendonça de Barros e outros gestores à época.

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