Páginas

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Fim dos albergues: segregação social piora

Prefeitura cria centro-dia e fecha albergues

Diego Zanchetta e Vitor Hugo Brandalise, do jornal O Estado de S. Paulo, hoje:

"O atendimento ao morador de rua mudou na capital. Albergues tradicionais do centro, onde transitavam todos os dias parte dos 10,7 mil desabrigados da cidade, foram fechados. O acolhimento ocorrerá agora principalmente em três “centros de convivência” diurnos. Esses locais - 1 em Santa Cecília e 2 no Parque D.Pedro II - são a maior aposta da secretária da Assistência Social e vice-prefeita, Alda Marco Antonio, 64 anos. “Estão ocorrendo mudanças e elas vão continuar. Se em seis meses esse novo modelo não tiver resultados, pensamos em outro”, afirma a secretária, criticada por entidades que classificam sua política de “higienista”.

As mudanças nesses primeiros quatro meses já causam polêmica entre entidades envolvidas há duas décadas na assistência à população de rua. Alda admitiu, por exemplo, que não gosta de ver moradores de rua “comendo em chãos duros”.

COMENTÁRIO - Essa política de tratar as pessoas em situação de rua como um 'entulho' se fortaleceu com a chegada de Serra ao poder. A Comissão de Direitos Humanos deve aprofundar o debate sobre essas mudanças e encaminhar providências para que os direitos desses cidadãos e cidadãs sejam respeitados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário