Do Jornal da Tarde
Categoria: Saúde Pública (LÍGIA FORMENTI)
"Uma auditoria do Tribunal de Contas da União identificou falhas na segurança do Sistema Nacional de Transplantes que abrem espaço para fraudes na fila de espera. O trabalho aponta, por exemplo, a existência no Estado de São Paulo de um sistema próprio de registro sem integração com a base de dados nacional.
Na avaliação dos auditores, o sistema paulista abre uma perigosa brecha para que uma pessoa se inscreva simultaneamente em duas listas de transplantes – seria como concorrer a um prêmio com dois bilhetes, enquanto os demais entrariam na disputa com apenas um.
“O risco existe”, admitiu o coordenador geral do Sistema Nacional de Transplantes, Helder Murati. Ele afirma, no entanto, que o Ministério da Saúde não tem mecanismos para obrigar São Paulo a abandonar o sistema próprio e migrar para o nacional – feito, aliás, com base na plataforma paulista. E a secretaria estadual de Saúde de São Paulo cobra melhorias no sistema nacional para porventura passar a depender dele . Em março, contudo, o tribunal determinou que uma medida em caráter provisório seja encontrada para promover a integração dos sistemas.
Como funciona – A procura por um paciente compatível começa no Estado onde está o órgão a ser doado. Quando não é encontrado receptor, a busca se estende para outras regiões, da área mais próxima para a mais distante.
Em todo o País, essa atividade é guiada pelo Sistema Informatizado de Gerenciamento (SIG), implementado pelo Ministério da Saúde em 2010 – com exceção de São Paulo, onde já existia a lista própria. Se um receptor não for encontrado, cabe ao Estado informar ao sistema nacional da oferta de um órgão. A partir daí, o SNT se encarrega de continuar a fazer a busca". Leia mais
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