Participei na tarde desta quarta-feira (17) da reunião da Comissão de Infra-Estrutura (CIE) da ALESP, que ouviu a presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Dilma Pena. Foi a oportunidade para questionar a direção da empresa sobre temas relevantes, como a rede de esgotos e de abastecimento de água, além da propalada 'Operação Córrego Limpo'.
A indação que fiz à dirigente da Sabesp veio de um dado apresentado por ela durante a reunião: a população do Estado de São Paulo estaria, hoje, "com cobertura de 80% dos serviços de esgoto". Ao questioná-la, apresentei extensa lista de córregos localizados na capital paulista, em cujo leito a própria Sabesp despeja "esgoto in natura" todos os dias. Citei os córregos Aricanduva, Itaquera-Itaqueruna, Itaim e Três Pontes, dentre outros - todos utilizados como "área de despejo de esgoto" pela estatal do governo paulista.
Outro ponto do debate versou sobre uma peça publicitária mostrada na TV pelos tucanos às vésperas da eleição passada e que apresentava o tal programa "Córrego Limpo". Os marqueteiros do PSDB diziam, à época, que na capital "havia até peixinhos" nos córregos depois dos investimentos feitos pela Sabesp.
Desafiei os tucanos a levarem a bancada do PT a um córrego onde tal transformação tivesse ocorrido. Como não passa de publicidade, obviamente que ninguém se dispôs a aceitar o desafio. Assim como a presidente da Sabesp não teve argumentos suficientes para se contrapor às afirmações que fiz ao longo da reunião sobre a cobertura de esgoto na capital.
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