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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Novos cenários, novas composições em SP

O Jornal da Tarde de hoje traz a seguinte matéria:

"Aliados do prefeito Gilberto Kassab (DEM) dizem que ele prepara, ainda em janeiro, uma reforma no primeiro escalão do governo. Parte das trocas deve contemplar aliados políticos ou acordos da disputa à Prefeitura de 2008. O PR, que apoiou a reeleição do prefeito mas depois se distanciou dele, deve se reunir com ele na semana que vem para tratar do assunto. O partido tende a receber a pasta de Esportes – e, possivelmente, outra secretaria. Há a possibilidade de o atual titular de Esportes, Walter Feldman, ser deslocado para a Secretaria de Subprefeituras, de onde deve sair Ronaldo Camargo. Ontem, o JT ainda revelou que Kassab deve também acertar a participação do PDT no governo, como informou o deputado federal Paulo Pereira da Silva.

Além da composição política, Kassab também contempla aliados do ex-governador José Serra (PSDB) que deixaram a administração estadual, como Mauro Ricardo, que era titular da Fazenda e volta à Secretaria de Finanças. Outro que retornou à administração municipal foi Nelson Hervey Costa, atual secretário de Governo e ex-presidente do Cepam.

O ex-chefe da Casa Militar, Luiz Massao Kita, foi convidado pelo prefeito a assumir subprefeitura. Também teriam sido feito convites aos ex-secretários de Educação, Paulo Renato Souza – que teria recusado – e de Justiça, Luiz Antonio Marrey".

Meu comentário: Como parte de sua estratégia política futura, Kassab prepara mudanças na composição do seu governo. Penso que o prefeito, legitimamente, está montando o seu xadrez político com vistas a objetivar seus propósitos políticos futuros. Como ponto de chegada,as eleições para o governo de São Paulo em 2014.

Brigar com aliados de primeira hora para eleger um tucano para presidente da Câmara Municipal; aproximar-se de partidos como PDT, PC do B e PSB - tidos com partidos de esquerda - e agregar serristas que foram excluídos do governo Alckmin parece ser um movimento complexo demais, aparentemente, com limitadas possibilidades de êxitos futuro.

É verdade que os partidos arrolados possuem um senso de pragmatismo exagerado, o que acarreta relativas exigências programáticas. Esta postura facilita a vida do chefe do executivo: alguns cargos para satisfazer seus aliados já são suficientes para tê-los ao seu lado, sem precisar mexer no seu programa nem na sua estratégia política futura.

Se por um lado o pragmatismo exagerado de alguns pouco contribui para uma maior politização nas composições de governos, - provocando um desserviço à população -, por outro, as contradições surgidas neste processo suscitam perspectivas novas na política paulista. Este paradoxo projeta, no curto prazo, uma mudança de cenário político em São Paulo, novos horizontes, novas perspectivas políticas se abrem. Isso também possibilita novas composições para encurtar o caminho na construção de uma alternativa ao projeto tucano que governa São Paulo há duas décadas.

O momento é complexo, mas não ruim para o PT paulista. Não podemos errar o caminho político a ser escolhido. Temperança, coerência, certeza de rumo e unidade partidária são elementos determinantes para uma futura tomada de posição. Fiquemos atentos!

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