segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Em SP, Vila Itaim permanece alagada
Do Portal G1
"Moradores do bairro Vila Itaim, no extremo da Zona Leste de São Paulo, ainda sofrem com os alagamentos e com a cheia do Rio Tietê. Após oito dias, o nível da água baixou pouco nesta segunda-feira (17) nas ruas e ainda há casas alagadas.
Alguns moradores aproveitavam que não chovia nesta segunda para limpar suas residências. “Estou tirando um pouco da lama”, disse a dona de casa Regina da Silva.
A diarista Patrícia Araújo Alves reclama das condições de sua casa. “Tem bicho, tem insetos Um cheiro insuportável.” Ela comentou que recebeu uma cesta básica da Prefeitura. “Acho ridículo a Prefeitura vir e me dar cesta e colchonete para colocar dentro da água. Sou contribuinte.”
A Prefeitura foi acionada, mas não respondeu até as 13h as perguntas sobre o que vai ser feito para resolver definitivamente os problemas na Vila Itaim".
Comentário: O alagamento das ruas da Vila Itaim, com algumas exceções, sempre foi um acontecimento raro. Parafraseando o ex-presidente Lula, "nunca antes na história deste bairro" aconteceu tamanho alagamento. O bairro é uma região consolidada, a imensa maioria dos moradores possui escrituras de suas propriedades e paga devidamente seus impostos.
Não é preciso grandes estudos para descobrir as razões do alagamento. O diagnóstico é simples: trata-se do assoreamento do Rio Tietê, cujo leito está acima do nível das ruas. Uma chuva de volume médio é suficiente para as águas invadirem dezenas de ruas provocando o caos na região. O pior é que trata de alagamento e não de enchente, uma vez que o leito do rio está acima do nível das ruas. A água não encontra vazão, fica empoçada por dias a fio e vira um criadouro de insetos e mosquitos, proliferando diversos tipos de doenças na população.
No caso dos alagamentos na vila Itaim existem dois culpados: a Prefeitura e o Governo do Estado de São Paulo. A Prefeitura por não fazer devidamente a limpeza dos bueiros e permitir depósitos irregulares de entulhos. Já o Governo do Estado, neste caso tem a maior culpa, pois o rio Tietê no trecho entre São Miguel e Mogi da Cruzes nunca foi limpo e sua calha está completamente assoreada. Um baixo volume d'água é suficiente para provocar o caos naquele conjunto de vilas que formam o Distrito do Jardim Helena.
Falta de aviso não foi: a CPI das Enchentes, instalada na Câmara Municipal de São Paulo, alertou as autoridades responsáveis durante todo o ano de 2010. Mesmo notificada do que precisava ser feito, o governo do Estado e a Prefeitura permaneceram inertes, nada fizeram para, pelo menos, amenizar o caos.
Sugiro as autoridades que leiam o relatório da CPI das Enchentes. Lá eles vão poder verificar que o diagnóstico das causas das enchentes naquela região existe, o que falta é vontade política por parte das autoridades competentes para resolver o problema.
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