Os ambulantes de São Miguel e Itaim Paulista foram impedidos pela Prefeitura de São Paulo de continuar trabalhando. Sem nenhum espaço para o diálogo foram retirados arbitrariamente pelas subprefeituras daquela área. Os ambulantes ocupavam o mesmo local há mais de uma década, ou seja, estavam lá com a permissão do poder público.
Não sou favorável a ocupação desordenada das vias públicas por ambulantes. Em minha opinião o poder público tem o dever de zelar, proteger os espaços urbanos e cuidar da paisagem urbanística no sentido de torná-la mais bela e agradável.
Não concordo com o fato de, subitamente, sem diálogo e sem ouvir suas sugestões alternativas, tangerem os ambulantes como se fossem irracionais ou cidadãos de segunda categoria. Repito: eles não ocupavam clandestinamente os espaços públicos onde montaram suas barracas de vendas, pelo contrário, estavam lá com autorização do poder público.
O mínimo que se esperava, por parte da prefeitura, era a concessão de um prazo maior a eles, se não para buscar locais alternativos, pelo menos para que se pudesse construir uma alternativa de sobrevivência para as famílias que retiravam dali o seu sustento.
Inconformado, ocupei ontem a Tribuna da Câmara Municipal e registrei meus protestos contra a postura arbitrária da prefeitura.
Ambulantes são pais de famílias e não caso de polícia. Em qualquer circunstância, a melhor maneira para dirimir conflitos é sempre o diálogo. Autoritarismo não faz bem a um país que vive em pleno Estado Democrático de Direito.
NO SITE - Leia no meu site o conteúdo do discurso que fiz ontem da Tribuna da Câmara. Clique aqui.
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