Páginas

terça-feira, 1 de abril de 2008

PT e PR discutem eleições 2008

As executivas estadual e municipal do Partido dos Trabalhadores e do Partido da República (PR) realizaram um encontro politicamente produtivo nesta manhã em São Paulo. Na pauta, as eleições 2008 e a possibilidade do PR participar da chapa do PT nas eleições de outubro próximo.

Além de diversos dirigentes do PR, participaram do encontro o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Antônio Carlos Rodrigues e outros vereadores.

Tudo ficará mais fácil caso a ex-prefeita Marta Suplicy decida aceitar a candidatura ao governo municipal.

'Serróquio' faz sucesso no Dia da Mentira


A Bancada do PT trouxe o já famoso boneco do "Serróquio" (Serra + Pinóquio) ao Plenário na tarde de hoje (1º). Foi para refrescar a memória dos tucanos e aliados sobre as mentiras ditas e repisadas pelo ex-prefeito e atual governador Serra, que ganhou as eleições com um programa, deixou a Prefeitura nas mãos do DEM e saiu para ser governador já pensando em 2010. Não por acaso, hoje é popularmente comemorado o "Dia da Mentira".

ROL DE MENTIRAS - O rol de mentiras do Serra é longo: promessa de resolver os problemas da saúde em seis meses; mudanças no trânsito da noite para o dia - os resultados estão aí todos os dias com o caos instalado na cidade inteira; cumprir os quatro anos de mandato (mentira de papel passado!); manter em funcionamento os projetos centrais do governo Marta, mas a realidade é que São Paulo sofre com o cancelamento de vários projetos e alterações em outros. Traduzindo: o boneco do Serróquio é a cara do Serra!

Entidades pedem retirada da "revisão" do PDE

Acontece neste momento em frente à Câmara Municipal uma manifestação de um grupo de entidades não-governamentais que pede a retirada da pauta do legislativo do Projeto de Lei 671/07 - que prevê a "revisão" do Plano Diretor Estratégico. O referido projeto é de autoria do Executivo.

A alegação das ONGs responsáveis pela manifestação é que o PL da "revisão" não foi "amplamente discutido com a sociedade". Outro motivo alegado é que até hoje a prefeitura não implementou diversas propostas originais do PDE votado e aprovado na Câmara Municipal ainda na gestão Marta Suplicy.

PROGNÓSTICO - Aproveito para relembrar o que eu disse em postagem anterior sobre a votação deste PL aqui na Câmara: considero muito pequenas as chances da idéia prosperar nesta Casa. Ou seja, vejo que o projeto da "revisão" não deve ser votado antes de 5 de outubro deste ano.

Lei das creches em nota no Diário

Da coluna Diário Paulista, do jornal Diário de S. Paulo de hoje (1º):

Período noturno - "O vereador João Antonio (PT) encaminha à Justiça ação pedindo que a Prefeitura regulamente a lei que obriga creches municipais a ficarem abertas até 22h. Autor da lei, ele diz que a medida beneficia mães que estudam ou trabalham à noite".

Veja aqui o texto integral da Lei 13.328.

Os desafios da Igreja Católica segundo Boff

Para teólogo brasileiro, a Igreja Católica só cresce onde está vigente a Teologia da Libertação. Onde não vigora, entram as igrejas carismáticas e as seitas. "A Igreja perde fiéis por sua própria culpa, por ser muito autoritária, centralizada. Se a Igreja Católica não se abrir, seus seguidores diminuirão cada vez mais", prevê Boff. Leia abaixo a entrevista do teólogo publicada no site Carta Maior:

IPS - Qual o senhor considera o primeiro obstáculo para não esclarecer o crime de dom Pomero?
Boff - A sociedade tem que limpar sua memória. Só assim se faz justiça. As relações humanas não podem ser construídas sobre a mentira e a impunidade. É fundamental que a mesma sociedade exija a identificação dos criminosos e a aplicação das leis. Sem isso, sempre haverá uma ferida aberta e cobranças de dignidade para o sangue derramado.

IPS - Os que estão no poder afirmam que isso seria reabrir as feridas do passado.
Boff -
Essa é uma visão profundamente egoísta porque os que morreram continuam pertencendo à humanidade. A história humana é feita por mortos e por sua dignidade, por suas ações. É preciso resgatar a memória das vítimas, do contrário a sociedade perde sua densidade humana. Os mortos têm outra forma de vida e presença. Estão do outro lado da vida.

IPS - Dom Romero foi um bispo apreciado e querido em todo o mundo. Em várias catedrais européias, inclusive, foram erguidas estatuas em seu nome. Por que aqui, em El Salvador, ainda não se pode prender os culpados pelo crime?
Boff - Oscar Romero é um mártir singular. Morreu pela justiça, por seu amor pelos pobres. É um tipo de santo que não é freqüente na história da Igreja. Inaugura um tipo de martírio pela justiça que nasce de um compromisso de fé. No fundo, imita o que Cristo fez. Por isso, entendo que o poder religioso tenha dificuldade de ler esse sinal novo; não sabe como interpretá-lo.

IPS - Em décadas passadas, considerava-se que o vínculo entre a Igreja Católica e os povos latino-americanos era muito intenso, próximo e forte. Como o vê agora?
Boff - Quase a metade dos católicos vive na América Latina. Então, é, por si mesma, uma força. Mas a Igreja Católica também tem sua capacidade de recriação de um rosto novo, litúrgico, mais adaptado às culturas. Uma igreja que recolhe as memórias da sabedoria, das culturas antigas, indígenas e negras. É uma igreja que está nascendo ainda. Até agora era um apêndice, um reflexo da Igreja européia. Agora é cada vez mais e mais uma Igreja fonte e que está consolidando sua identidade própria.

IPS - Outras igrejas não-católicas ganharam terreno na América Latina. A Igreja Católica perdeu fiéis na região. Como explica esse fenômeno?
Boff - A Igreja perde fiéis por sua própria culpa, por ser muito autoritária, centralizada. Tem insuficiência de ministros porque não aceita que se casem, e isto é cada vez mais um elemento de crise interna permanente. Esta Igreja não se abre, como fizeram as outras. Inclusive o judaísmo abriu-se às mulheres. Se a Igreja Católica não se abrir, seus seguidores diminuirão cada vez mais. Apesar disso, a Igreja Católica tem irradiação desde as bases, centros bíblicos, pastorais sociais da terra, dos negros, dos indígenas, que é onde está sua vitalidade.

IPS - Há relação entre o fenômeno da fuga de fiéis e o movimento católico da Teologia da Libertação, que há três décadas era muito forte mas perdeu liderança e ficou acéfalo?
Boff - As investigações mostram que a Igreja cresce onde está vigente a Teologia da Libertação. Onde não vigora, entram as igrejas carismáticas e as seitas. Isto foi comprovado estatisticamente. Também é falso que a Teologia da Libertação tenha reduzido o número de fiéis da Igreja Católica. Creio que se tentou desmoralizar o tirar legitimidade da Teologia da Libertação, e, como conseqüência, se resignaram muitos cristãos que não entendem como o papa e os bispos podem estar do lado dos opressores, dos ricos, e não ao lado dos pobres.

IPS - Quais são os desafios da Teologia da Libertação para resgatar esse espírito, agora apagado?
Boff - No recente fórum mundial da Teologia da Libertação em Nairóbi, com representantes da Ásia, África, América Latina, Europa e Estados Unidos, vimos sua imensa vitalidade e crescimento. Mas, não é tão visível nem polêmica como antes. A Teologia da Libertação está presente ali onde as igrejas levam a sério os pobres e a justiça. O movimento nasceu da experiência de escutar os pobres, os indígenas, os negros e as mulheres marginalizadas, e está tão vigente como há décadas, porque os pobres ainda clamam a Deus para que os ouça. O evangelho que não liberta não é evangelho.

Não me importam muito as críticas dos pudentes deste mundo e da Igreja. Para mim importa que haja cristãos que levem a sério a questão da justiça. A Teologia da Libertação não fez dos pobres um objeto de reflexão. Caminhou com eles, sofreu as perseguições, calúnias, torturas e os assassinatos que eles sofreram. O teólogo tem um pé na miséria e outro na reflexão, e ao unir os dois chega-se à libertação.

Agora também deve-se atender o grito dos integrantes de gangues e dos jovens que não têm nenhum lugar na sociedade, os que sobram, sem políticas públicas que os contemplem: os drogados, os entregues à violência, os condenados da terra. Mas, também à Terra, às águas e florestas e os animais, ameaçados por uma cultura sem piedade nem sensibilidade e que pode levar a uma crise do sistema da vida com o desaparecimento de centenas de espécies.

A custo da descontinuidade

O jornal O Estado de São Paulo traz em seu editorial de hoje (01) uma excelente análise sobre as obras de recuperação da região central da cidade, iniciadas no governo da ex-prefeita Marta Suplicy.
Com o título “Atraso custa caro”, o jornal tece considerações que julgo da maior importância para leitores atentos formar suas opiniões acerca do jeito PSDB/DEM de governar.

O editorial se inicia com a seguinte afirmação: “A maior parte dos projetos do Programa de Reabilitação da Área Central de São Paulo (Procentro), elaborados durante a administração Marta Suplicy, foi esquecida pela atual gestão”...
Em seguida o jornal afirma que “Se tivesse seguido os planos e metas do programa inicial, feito pela gestão anterior, o custo dos projetos seria menor, os investimentos necessários seriam reduzidos e o ordenamento urbano daquela região se completaria mais rapidamente”.

Por fim, conclui o editorial: “A tradição da descontinuidade, no entanto, prevaleceu e a atual administração preferiu elaborar novos projetos e pagar taxa pela não utilização dos recursos do BID.

Segundo a Emurb, o plano do governo municipal é gastar US$ 45 milhões (60% do BID e outros 40% de recursos próprios) até dezembro. Da totalidade dos projetos previstos para o centro, no entanto, muitos terão de ser custeados pela própria Prefeitura porque o financiamento do banco não é mais suficiente. O atraso custou muito caro aos cofres municipais e ao ordenamento da cidade".

Clique aqui para fazer a leitura compelta do editorial.

Será um acidente, imperícia ou incompetência?

SÃO PAULO - Parte da estrutura do piso por onde circularão os ônibus do Expresso Tiradentes caiu, no final da noite de segunda-feira, 31, sobre o Viaduto Grande São Paulo, na Vila Prudente, região sudeste da capital paulista. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego(CET), ambos os sentidos do viaduto estão interditados. Ninguém ficou ferido e nenhum veículo foi atingido.

O impacto do choque da estrutura que cedeu sobre o viaduto foi amortecido pela mureta de concreto da própria obra e da plataforma - de madeira e ferro - usada pelos operários na concretagem do talude. Funcionários da Prefeitura, engenheiros e técnicos da São Paulo Transportes (SPTrans) estão no local para avaliar os danos causados na obra e tentar apurar a causa do desabamento.