Os tucanos repetem acusações do que chamam de "aparelhamento do Estado" no governo federal, mas como diz o ditado "macaco não olha pro próprio rabo". A TV Cultura, emissora estatal paulista, é alvo de sucessivos movimentos de figuras do PSDB que tomaram corpo com a chegada de José Serra ao governo, em 2007. O uso da Cultura para fins políticos vem sendo denunciado há tempos.
Mesmo antes dos fatos recentes da demissão dos jornalistas Heródoto Barbeiro e Gabriel Priolli atribuída a Serra por questões políticas, a Cultura já passava por um processo que os tucanos chamam de "reestruturação". Como essa prática com o PSDB significa o desmonte das estruturas estatais, pode ser este o destino daquela emissora caso os tucanos permaneçam no Palácio dos Bandeirantes. Crescem os riscos de piora da qualidade da programação da Cultura por conta da interferência política do PSDB em sua gestão.
Sobre o "aparelhamento" da TV Cultura, o jornalista Fernando de Barros e Silva, da Folha de S. Paulo, faz algumas observações em artigo publicado hoje no jornal. Veja um trecho no qual ele questiona as ações tucanas na TV:
"A pergunta "para que serve a Cultura" deve se desdobrar, à maneira nietzscheana, em outra: a quem serve a TV Cultura? Acumulam-se evidências de que ela tenha se tornado uma confraria do tucanato, um tipo de sinecura ou abrigo para fidalgos decadentes".
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Sobre o aparelhamento da TV Cultura
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