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quarta-feira, 12 de maio de 2010

Ampliação de pistas do aeroporto de Guarulhos


O governo federal, através da Infraero, realiza nesta sexta-feira (14) a solenidade de lançamento do início das obras de revitalização e ampliação do sistema de pistas do Aeroporto Internacional André Franco Montoro - localizado em Guarulhos.

A iniciativa visa melhorar as condições de tráfego no principal aeroporto brasileiro e atende ao crescimento da demanda no setor aéreo nacional nos últimos anos - além de garantir mais segurança à atividade.

A solenidade acontecerá às 18h no Terminal de Passageiros 1 - Desembarque e contará com a presença de grande número de autoridades e convidados.

Padre Júlio comenta massacre do Jaçanã


Da Folha de S. Paulo:

Foi vingança ou ódio, diz padre Júlio

"Representante da Pastoral de Rua da Arquidiocese de São Paulo, o padre Júlio Lancelotti diz que o assassinato de cinco moradores de rua mostra que a cidade criou campos de extermínio de miseráveis.

FOLHA - Como o senhor viu a chacina no Jaçanã?

PADRE JÚLIO LANCELOTTI - Estive no local. As cenas são dramáticas. Vê-se nas pilastras do viaduto a quantidade de tiros dada. Vimos um rastro de sangue de uma das vítimas que correu, fugindo dos tiros. Algumas histórias precisam ser comprovadas.

FOLHA - O senhor se refere à história de que uma pessoa teve a bolsa furtada?

PADRE JÚLIO - Sim. O que disseram é que furtaram uma bolsa e depois espancaram eles todos. Isso não foi comprovado. O que aconteceu foi uma execução. Na delegacia, vendo o material recolhido, as fotos, tudo indica que alguns foram mortos dormindo. Eles estavam completamente indefesos.

FOLHA - Pela sua experiência com os sem-teto, por que eles são alvo dessas ações?

PADRE JÚLIO - Como em 2004 [na Sé], foi por vingança ou ódio. O local é de fluxo intenso de veículos, e o pessoal reclamava de assaltos. Isso acaba gerando muito ressentimento".

E agora José?

Do portal Carta Maior


"Você e o pessoal do sistema financeiro podem ficar tranquilos que não vai ter nenhuma virada de mesa". A frase foi dita, em tom exasperado, pelo candidato José Serra, que destratou a jornalista Míriam Leitão ao vivo, alto e bom som, em entrevista à rádio CBN, ontem (dia 10 de maio).

Mas isso não era para ser dito no rádio. Daí a irritação. Serra saiu do sério e bateu boca, sem dó nem piedade. Logo ele, que diz ter se preparado a vida inteira para este momento, não estava preparado para ser pego de surpresa e ter que declarar, com todas as letras, algo que deveria ser mantido em conversas de bastidor. E, imagine, arrancado justo por uma jornalista que deveria ter, como sua obrigação profissional diária, facilitar as coisas para o candidato da oposição, e não arremessar-lhe bolas divididas. Fogo amigo!

Modéstia às favas, a palavra mais repetida por Serra ao longo de sua emissão radiofônica e histriônica foi "eu". Entre um "eu isso", "eu aquilo", indignado com a pergunta, Serra mostrou para que está "preparado". Está preparado para ser o candidato dos ricos. Preparado para ser o representante da Avenida Paulista. Preparado para unir dois lados que se odeiam, mas que perfilam ombro a ombro: a FIESP e a Febraban.

E agora, José? Como fica aquela fotomontagem angelical da capa da Revista Veja? Foi-se por água abaixo, em trinta segundos de bate-boca. Também caiu por terra o arremedo de contrariedade com a política monetária do Banco Central. A contragosto, Serra teve que confessar: baixar juros, só quando a inflação estiver caindo; de preferência, com deflação. Quanta ousadia!"

terça-feira, 11 de maio de 2010

Mercadante desmonta discurso tucano em SP


Do Jornal da Tarde:

'Alckmin não tem propostas para SP’

Em entrevista ao JT, o petista disse ainda que o vice em sua chapa virá do PDT ou do PR

Fabio Leite

"Pré-candidato do PT ao governo paulista, o senador Aloizio Mercadante afirmou que o adversário tucano Geraldo Alckmin “não tem propostas” para o Estado e que o presidenciável do PSDB, o ex-governador José Serra, “foge do debate” sobre problemas de São Paulo, como enchentes e o tarifas dos pedágios. Em entrevista ao JT, o petista demonstrou estar convencido de que o PSB lançará Paulo Skaf ao governo, mas disse que vai “manter as portas abertas” até o fim caso os socialistas decidam apoiá-lo, e ainda explicou a escolha do tesoureiro de sua campanha. Leia trechos abaixo:

JT -Quem estará na chapa do sr. ao governo e ao Senado?

MERCADANTE - O PDT e o PR apresentaram nomes. Vamos discutir as alternativas, prefiro não dizer quais, e aguardarmos a definição de novos partidos que possam vir para a aliança. Já temos dez. Vamos manter a porta aberta até quando for possível. A segunda vaga ao Senado será do Netinho (de Paula, PC do B) ou do (Gabriel) Chalita, se o PSB vier. Acho legítimo que eles tenham candidato. Temos compromisso de estarmos juntos no 2º turno. Há um cansaço em relação ao mesmo grupo que governa o Estado há 27 anos e o PSDB há 16 anos.

JT - Por que o cansaço não se reflete na pesquisa (Alckmin tem 50%)?

MERCADANTE - Acho que a pesquisa mostra conhecimento e recall. Alckmin foi governador seis anos, vice mais seis, secretário, disputou a Presidência e depois a Prefeitura, onde saiu com 45% nas pesquisas e chegou com 22%. Agora, por que o povo não votou nele na capital? Por que as principais lideranças do PSDB não o queriam como candidato?". Leia mais.

Privatização feita por Alckmin e 'miniapagão'


Privatizada pelo agora pré-candidato tucano paulista e ex-governador Geraldo Alckmin em 2006, a empresa de energia CTEEP não cumpriu obrigações de construção de subestação e outras obras e pode provocar 'miniapagões' em São Paulo. A matéria é do jornal Folha de S. Paulo de hoje (11).

Leia um trecho da reportagem:

Obra de energia atrasa e expõe São Paulo a miniapagões

"A demora na construção de uma subestação de energia elétrica coloca sob risco crescente de apagão 21 bairros de São Paulo, entre eles Moema (zona sul) e Morumbi (zona oeste), informa a reportagem de José Ernesto Credendio, publicada nesta terça-feira pela Folha.

A empresa privada CTEEP (ex-estatal paulista) assinou um contrato com a Aneel no qual se comprometeu a entregar uma linha de transmissão e a subestação Piratininga 2 até 16 de abril de 2010". Leia mais.

COMENTÁRIO - O jornal não mencionou no texto que o autor da privatização foi Geraldo Alckmin. Aproveitando o ensejo, não custa lembrar que Serra tentou, sem sucesso, privatizar a Cesp, outra estatal de energia paulista. O fiasco da privatização do setor elétrico acabou não animando nem mesmo os investidores outrora tão interessados em arrematar empresas públicas a preço de banana das mãos dos ex-governadores do PSDB.

Fundação Casa dos Carneiros



A Fundação Casa dos Carneiros é uma sociedade civil, de direito privado, de caráter cultural, educativo, ambientalista ecológico e social, sem fins lucrativos, sem caráter político-partidário ou religioso. A entidade vai sediar o acervo elomariano, aberto para pesquisa, com histórico de suas obras: discografia, canções, poesias, árias de ópera, roteiros para cinema, romances de cavalaria e tudo mais que diz respeito às produções de Elomar. Além disso, vai incentivar a música erudita, o teatro e demais manifestações artísticas e ainda desenvolver projetos de caráter educativo, ambientalista ecológico e social.




A instituição vai oferecer um espaço reservado ao trabalho intelectual, à consulta de livros e documentos e à preservação da memória nacional. O projeto prevê atividades relacionadas à preservação e divulgação da obra de Elomar Figueira Mello e à formação, conservação e difusão de acervos bibliográficos, documentais e arquitetônicos, com o apoio de laboratórios técnicos, instituições de ensino superior, públicas e privadas.

Vital Farias canta Cantilena de Lua Cheia - música de Elomar


A Fundação Casa dos Carneiros também vai permitir o acesso aos estudos e pesquisas (estudos elomarianos, de política cultural, história, letras, antropologia e sociologia) e à cultura brasileira em geral. Clique aqui - conheça mais.

Elomar_ La na casa dos Carneiros

segunda-feira, 10 de maio de 2010

O que vai em seu lugar?


Foi retomado o debate sobre a demolição do Minhocão. Para que os leitores que não moram em SP entendam, o Minhocão é um enorme viaduto de 3,4 quilômetros de extensão que faz a ligação Leste-Oeste da cidade de São Paulo. Este viaduto é, comprovadamente, a causa da deterioração de parte dos bairros de Santa Ifigênia, Santa Cecília e Barra Funda, tradicionais regiões paulistanas.

Influenciado pelos interesses econômicos e políticos inescrupulosos e sem nenhum espírito público, São Paulo se desenvolveu sem nenhum planejamento. Bairros inteiros se constituíram à margem de um planejamento estratégico - e pior - sofreram e sofrem as consequências de loteadores clandestinos que atuam ao arrepio da lei e que contam com a conivência de agentes públicos desonestos.

Mesmo o viário público paulistano, com exceção do plano de avenidas do prefeito Prestes Maia (Radial Leste, 23 de maio, Marginais, Faria lima entre outras), foi impulsionado mais pelas regras do dinamismo econômico do que por uma necessidade estratégica pensando na qualidade de vida dos paulistanos.

Muitas obras públicas foram viabilizadas para satisfazer interesses políticos de curto prazo, mais como vitrine eleitoreira e não para satisfazer um plano urbanístico de longo prazo que combinasse desenvolvimento econômico com beleza arquitetônica, facilidade de locomoção, de moradia, enfim, elevando a qualidade de vida de seus moradores.

O famoso Minhocão está entre estas obras mal planejadas que apenas amenizaram problemas de congestionamentos, porém com conseqüências desastrosas para toda uma região que hoje se encontra completamente deteriorada.

A cidade se encontra diante de um dilema: conviver para sempre com este viaduto que deixa São Paulo feia e degrada parte da sua região central ou demoli-lo?

São Paulo ainda não se preparou para funcionar sem o Minhocão. Eliminá-lo sem um projeto alternativo funcionando é contribuir para tornar ainda mais insuportável o caótico trânsito da cidade.

Afinal qual é projeto alternativo? Este projeto é prioritário hoje? O município suporta financeiramente sua viabilidade? Estas, entre outras, são perguntas que precisam ser respondidas antes de qualquer iniciativa afoita.

Espero, sinceramente, que esta idéia não seja mais uma pirotecnia eleitoreira ou uma desfaçatez do nobre prefeito para elevar sua combalida popularidade.