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domingo, 2 de setembro de 2007

Cartola (sambista)

Angenor de Oliveira, mais conhecido como Cartola, (Rio de Janeiro, 11 de outubro de 1908 — Rio de Janeiro, 30 de novembro de 1980) foi um compositor, cantor e poeta brasileiro.

Era um dos sambistas que compunham a velha-guarda da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, sendo considerado o responsável tanto pela escolha do nome, como das cores adotadas pela Escola (verde e rosa). Há quem diga que a escolha das cores foi uma homenagem ao seu amado Fluminense, clube de futebol do Rio de Janeiro que utiliza-se de combinações mais sóbrias das mesmas cores (grená, verde escuro e branco).

Cartola compôs, sozinho ou com parceiros, mais de quinhentas canções, como "As Rosas Não Falam", "Alvorada", "O Mundo é um Moinho" e "O Sol Nascerá", tendo sido esta última regravada mais de 600 vezes. Suas canções são musicalmente bastante elaboradas e suas letras têm uma carga poética muito forte.

Angenor de Oliveira nasceu no bairro do Catete. Seus pais, Sebastião Joaquim de Oliveira e Aída Gomes de Oliveira, tiveram sete filhos. Cartola foi o quarto.

Seu envolvimento com o carnaval começou cedo. Aos 8 anos de idade já participava desfilando em blocos carnavalescos de rua. Foi morar no morro da Mangueira, aos onze anos, por problemas financeiros em sua família. Apesar da riqueza de suas poesias e da quantidade em que as produziu, Cartola estudou somente até o primário. Cartola jamais conseguiu se integrar ao mercado de trabalho, passou sua vida trabalhando em bicos. Foi pedreiro, pintor de paredes, lavador de carros, vigia de prédio e contínuo de repartição pública.

Foi como pedreiro que ganhou seu apelido, "Cartola". Quando trabalhava com cimento estava sempre sujando seus cabelos, o que o aborrecia bastante pois ele era muito vaidoso. Passou então a sempre usar um chapéu, assim seus cabelos estavam protegidos do cimento. Seus amigos então o apelidaram de Cartola.

Clique aqui e ouça As Rosas Nao Falam (Cartola)

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Congresso antecipa PED para 2 de dezembro

Outra medida aprovada no final desta manhã no 3º Congresso Nacional do PT foi a antecipação do Processo de Eleições Diretas (PED) para dezembro deste ano. Segundo a resolução aprovada, o PED acontecerá no dia 2 de dezembro. Se houver segundo turno, este deve ser realizado no dia 16 de dezembro.

A tese Um Novo Rumo Para o PT - que subscrevo com grande número de petistas de todo o país - defende a antecipação do PED como forma de adequar as diretrizes do PT à nova realidade polítiica nacional e ao que está sendo decidido no congresso que termina neste domingo em São Paulo.

PT apresentará nome próprio à sucessão de Lula


O 3º Congresso Nacional do PT, que acontece em São Paulo, aprovou na manhã deste domingo uma resolução - por ampla maioria - que defende a apresentação de um nome petista à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010. O nome próprio do PT será oferecido à aliança a ser construída no processo sucessório.

É certo que teremos outros partidos da coalizão de governo pleiteando esse espaço, mas o Partido dos Trabalhadores é a principal força de sustentação do governo Lula e, desse modo, não poderia ignorar sua importância no futuro cenário. A disputa eleitoral será acirrada, pois estará em jogo manter o projeto de desenvolvimento com distribuição de renda que vem melhorando significamente a vida da maioria dos brasileiros desde 2002. Esse é o papel da coalizão e o PT tem plena consciência disso.

A escolha do PT de apresentar seu nome à sucessão de Lula pode até contrariar alguns que entendiam como precipitada uma decisão favorável a uma candidatura petista. Todavia, basta lembrar a importância e o tamanho do partido no processo de sustentação e de transformações que o governo Lula vem implementando no país.

Sobre a reforma polítca

Do Estadão

O PT aprovou ainda as propostas de reforma política e a criação de uma Constituinte exclusiva para tratar do tema. Três emendas foram submetidas à votação. A que foi aprovada traz, entre as sugestões, a de que a reforma política não seja uma discussão restrita ao Congresso Nacional. "Precisamos dar um passo adiante e levar o debate de reforma política para as ruas", disse o deputado Rubens Otoni, durante apresentação da emenda. "Somos a favor do financiamento público exclusivo e do fim das reeleições", acrescentou.

Contra privatização da Vale do Rio Doce

Do jornal O Estado de São Paulo

SÃO PAULO - Em contradição com o próprio governo do PT, o 3º Congresso Nacional do partido aprovou neste sábado, 1º, sem que ninguém defendesse contra e quase por unanimidade, o apoio ao plebiscito sobre a reestatização da Companhia Vale do Rio Doce, privatizada em 1997, no primeiro governo Fernando Henrique Cardoso, por R$ 3 bilhões. A consulta já começou: está programada para 1 a 7 de Setembro, Semana da Pátria, como parte do 13º Grito dos Excluídos, cujo tema será "Isto não vale: queremos participação nos destinos da nação". É promovida por organizações sindicais e sociais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

sábado, 1 de setembro de 2007

O discurso de Lula no 3º Congresso do PT em SP


2º dia do Congresso Nacional do PT

Do portal do PT Nacional:

Lula faz discurso para lavar alma petista e elevar auto-estima
Foto: César Ogata

"No discurso mais aguardado do 3º Congresso Nacional do PT, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpriu seu papel de Vossa Excelência, mas acima de tudo o de companheiro. Na manhã deste sábado (1º) Lula fez um pronunciamento para elevar a auto-estima dos petistas, conclamá-los ao orgulho do papel desempenhado até aqui e, também, encorajá-los a vôos mais altos.

“Quero afirmar minha alegria de poder me reencontrar com vocês. É sempre gratificante estar entre aqueles que me fizeram viver momentos de intensa alegria e emoção. O gesto que vocês tiveram na crise de 2005, quando o partido convocou o PED e 220 mil militantes foram às ruas para dizer aos nossos críticos: ‘estamos mais vivos do que nunca, somos mais petistas do que nunca, e vamos vencer’...”, iniciou Lula.

A abertura do discurso foi se encontrar em notável afinação com o encerramento. Após a exposição de algumas das principais ações do governo federal e de uma inequívoca defesa do protagonismo do partido (“O PT tem legitimidade política e social para ter candidatura própria”, disse Lula), o presidente voltou-se para a militância e, como num abraço, exortou-a ao sonho.

Somos mais atacados pelos nossos méritos que por nossos erros. Não temos de quê nos envergonhar. Não tenham medo de ser petistas, de andar com a estrela no peito. O PT é um dos grandes responsáveis pelos passos largos do Brasil rumo à dignidade. E isso também é percebido pelo mundo”, afirmou.

Lula fez questão de reafirmar a importância do PT naquelas ações de governo que ele, em trechos do discurso, havia destacado como as melhores. “Minha trajetória política é inseparável da trajetória política do meu partido. Mudamos, é verdade, mas mudamos porque a realidade mudou. Porém, sem mudar de lado, sem transigir em nosso compromisso com os setores mais excluídos da sociedade brasileira. Somos construtores da democracia. Somos um partido de vencedores, de vitórias conquistadas com a dedicação de cada militante. Se tivermos paciência, inteligência política e a combatividade que sempre tivemos, seremos capazes de conquistar junto com o povo brasileiro muitas outras vitórias”, prosseguiu, em longos trechos de improviso.

Lula não se furtou a abordar a questão que parecia ser uma das mais aguardadas pela monocórdica cobertura da grande mídia. Afirmou que se erros aconteceram, devem ser apurados e que a lei vale para 180 milhões de brasileiros. “Mas uma luta da magnitude da nossa não se faz sem dor”, disse. Lembrou de mártires e heróis, como Apolônio de Carvalho e Florestan Fernandes. “Mas nada pode nos esmorecer. A vida é muita curta. Nós não temos direito de nos sentir derrotados. Nenhum de nós tem de ter vergonha de defender um companheiro”, disse, com tranqüilidade".

Veja mais informações sobre o 3º Congresso aqui.

Um pouco de Verônica Sabino

Filha do escritor Fernando Sabino e ex-integrante do grupo vocal Céu da Boca, Verônica apareceu em 1986, com a música “Demais” (versão de “Yes, It Is”, de John Lennon e Paul McCartney, feita por Zé Rodrix e Miguel Paiva), um dos maiores radiofônicos sucessos do ano, a bordo da novela “Selva de Pedra”. Voltaria à TV com “Todo Sentimento” (de Chico Buarque e Cristóvão Bastos, gravada em 1988 para a novela “Vale Tudo”) e, em dueto com Emílio Santiago, com “Tudo o Que Se Quer” (Versão de Nelson Motta para “All I Ask Of You”, gravada em 1992 para a novela “Tieta”). Mais tarde, lançou os álbuns “Verônica” (1993), “Vênus” (1995) e “Novo Sentido” (1997). Em 1999, participou de shows no Midem, feira da indústria fonográfica, na França, e teve um disco lançado por lá. No mesmo ano, foi editada a coletânea “Passado a Limpo”, com algumas faixas inéditas.

Clique aqui e ouça a música Lua Branca (Verônica Sabino)