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terça-feira, 1 de julho de 2008

Governo mantém meta de inflação

Do Correio Brasiliense hoje (01) - Edna Simão

"Banco Central perseguirá inflação de 4,50% também em 2010. Analistas de mercado afirmam que redução simbólica para 4,25% seria melhor

Sem causar surpresa, o Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu que a meta de inflação que o Banco Central (BC) vai perseguir em 2010 será de 4,5% ao ano, com folga de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Porta-voz da decisão, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, afirmou que a manutenção dos 4,5% é uma sinalização de que o índice de preços vai caminhar para a meta até 2010. “O governo sinaliza de forma clara que pretende que a inflação convirja para o centro da meta, no máximo, até 2010. O ritmo de convergência é definido pelo BC com a condução da política monetária”, destacou Appy.

Com a decisão de ontem, a meta oficial de inflação ficará estagnada em 4,5% por seis anos. Em 2005, no entanto, o número foi ajustado para 5,1%. Muitos analistas de mercado defendiam uma redução simbólica em 2010, para 4,25%, o que mostraria que a equipe econômica não está sendo influenciada por turbulências de curto prazo. Para o governo, porém, perseguir um percentual menor de inflação poderia implicar uma política de juros ainda mais restritiva.

Appy ressaltou que o atual percentual está se mostrando satisfatório para o cumprimento dos objetivos da política econômica. “O CMN, partindo da avaliação de que o nível atual e o desenho atual da política de meta de inflação têm tido resultados bastante satisfatórios para a economia, resolveu manter a meta de inflação e o intervalo de tolerância para 2010”, frisou o secretário. Com isso, o conselho, formado pelos ministros Guido Mantega (Fazenda), Paulo Bernardo (Planejamento) e o presidente do BC, Henrique Meirelles, decidiu que a estratégia de combate aos preços altos não muda".

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