domingo, 2 de janeiro de 2011
sábado, 1 de janeiro de 2011
Brasil renova esperança com posse de Dilma

Trecho de reportagem do jornal francês Le Monde publicado no portal UOL:
Dilma herda conquistas de Lula com desafio de superá-lo
Do Le Monde
"Um operário, uma mulher. Pela segunda vez, a democracia brasileira, outrora violentada, hoje vibrante, inova com felicidade. No sábado, 1º de janeiro, o ex-metalúrgico Luís Inácio Lula da Silva cederá sua poltrona a sua sucessora, Dilma Rousseff, a ex-guerrilheira que se tornou economista e tecnocrata, eleita há dois meses a primeira mulher presidente do Brasil.
Dilma, como todos a chamam, chega ao cargo supremo em um contexto bem mais invejável que o de 2002. Não tem necessidade, como então, de acalmar os meios empresariais que o sindicalista barbudo ainda assustava, apesar de suas promessas tranquilizadoras. Graças ao pragmatismo de Lula, nunca desmentido em oito anos, os capitais hoje afluem à Bolsa de São Paulo, para se investir ou especular.
A nova presidente se beneficia da herança de seu antecessor. Uma democracia consolidada, livre da inflação, com uma riqueza multiplicada pelo aumento da cotação das matérias-primas. Crescimento, emprego, consumo, moeda: os grandes indicadores do Brasil estão com sinal verde. Principalmente com um fabuloso tesouro petrolífero que dorme ao largo de suas costas.
Ao realismo econômico acrescenta-se uma relativa ousadia social. Graças ao ambiente de dinamismo e a uma série de ajudas familiares, 15 milhões de brasileiros nos últimos oito anos escaparam do desemprego, integraram a economia formal e deixaram de ser pobres ou muito pobres. Eles se uniram ao crescente exército das classes médias, ávidas por possuir, consumir e viver melhor".
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Celebrar a vida todos os dias do ano!

Todos os dias dos anos que se passaram nossas lutas tiveram como base a melhoria da qualidade de vida para todos. As bandeiras das nossas lutas têm nomes como educação, saúde, alimentação, transporte, emprego, cultura, meio ambiente, lazer, ar puro, dignidade, respeito, direitos e deveres - e podem ser resumidas na palavra "felicidade". Este é o sentido de estarmos fazendo política esses anos todos e apostarmos cada vez mais no fortalecimento do nosso grupo de amigos e amigas.
FELIZ 2011 PARA TODO NÓS!
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Os sucessivos recordes da Petrobras

Da Folha Online/portal UOL
Petrobras bate recorde de produção anual, mas fica abaixo da meta
"A Petrobras informou que bateu três recordes na produção média mensal, anual e diária de petróleo em dezembro. Segundo a estatal, a companhia deve encerrar o ano com um patamar de produção de 2,003 milhões de barris/dia. O recorde anterior era de 1,970 milhão de barris/dia, em 2009". Leia mais.
O time de Alckmin

Do Jornal da Tarde, hoje (30):
Alckmin escala ex-secretário de Pitta
"Ex-secretário municipal de Saúde na gestão do prefeito Celso Pitta – morto em novembro de 2009 –, o neurocirurgião Jorge Pagura foi escalado pelo governador eleito Geraldo Alckmin para comandar a secretaria de Esportes e Lazer do Estado.
Pagura chegou a depor no inquérito em que Pitta era acusado de corrupção ativa frente à administração municipal. O processo, no entanto, foi arquivado com a morte do ex-prefeito. O neurocirurgião vai comandar uma pasta turbinada pelas obras da Copa de 2014, que tem na capital uma de suas sedes". Leia mais.
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Quem foi Victor Jara?

Víctor Lidio Jara Martínez (Lonquén, 28 de setembro de 1932 — Santiago, 16 de setembro de 1973[1]) foi um professor, diretor de teatro, poeta, cantor, compositor, músico e ativista político chileno.
Nascido numa família de camponeses, Jara se tornou um reconhecido diretor de teatro, dedicando-se ao desenvolvimento da arte no país, dirigindo uma vasta gama de obras locais, assim como clássicos da cena mundial. Simultaneamente, desenvolveu uma carreira no campo da música, desempenhando um papel central entre os artistas neo-folclóricos que estabeleceram o movimento da Nueva Canción Chilena, que gerou uma revolução na música popular de seu país durante o governo de Salvador Allende. Também era professor, tendo lecionado Jornalismo na Universidade do Chile.
Logo após o golpe militar de 11 de setembro de 1973, Jara foi preso, torturado e fuzilado. Seu corpo foi abandonado na rua de uma favela de Santiago.[2]
Victor Jara - Deja la vida volar
Primeiros anos
Víctor Jara nasceu na localidade de Lonquén, perto da cidade de Santiago. Era filho dos camponeses pobres Manuel Jara e Amanda Martínez. Manuel era um trabalhador braçal analfabeto e queria que seus filhos trabalhassem o quanto antes, ao invés de irem para a escola. Assim sendo, aos seis anos de idade, Víctor já estava trabalhando no campo. Manuel era incapaz de extrair o sustento de sua grande família - além de Víctor tinha outros quatro filhos: María, Georgina, Eduardo e Roberto - como camponês no imóvel da família Ruiz-Tagle, tampouco foi capaz de encontrar um trabalho estável. Acabou virando um alcóolatra violento. Seu relacionamento com Amanda deteriorou-se, e Manuel abandonou a família quando Víctor ainda era criança. Amanda criou Víctor e seus irmãos sozinha, insistindo que todos eles deveriam ir para a escola. Ao contrário de Manuel, Amanda - uma mestiza com raízes mapuche, orginária do sul do país - não era analfabeta. Uma autodidata, tocava violão e piano, tendo sido cantora de canções folclóricas em casamentos e funerais de sua cidade natal.[3]
Em Santiago
Em consequência de um grave acidente no lar sofrido pela irmã de Víctor, María, a família vai morar para a capital do país, Santiago, à procura de melhores condições económicas. Víctor, juntamente com o irmão Lalo, ingressa no Liceu Ruíz-Table, onde ambos destacam pelos seus bons resultados académicos, até acabarem nele os estudos primários.
O duro trabalho da mãe conseguiu algum progresso económico para a família, mas obrigou-a a dedicar pouco tempo aos filhos. A viola de Amanda serviu a Víctor para a sua aproximação da música, com ajuda do seu amigo Omar Pulgar.
A mudança para o bairro de Chicago Chico dá ao jovem Víctor a possibilidade de ter relacionamento com outros jovens da mesma origem e condição, agrupando-se na altura em torno do Partido Democrata Cristão. Cantam, escutam música clássica, saem de excursão, jogam futebol e formam um coro. Os estudos religiosos fazem parte da formação dele nesse tempo.
Durante os estudos secundários no chamado "instituto comercial", parece ter existido em Víctor o sonho secreto de chegar a ser padre. Em 1950, a mãe morre repentinamente.
O seminário
Mudaram-se para Población Nogales, onde voltou a encontrar Julio e Humberto Morgado, colega da escola primária. A família Morgado proporcionou a Víctor comida e cama. Víctor deixou os estudos para trabalhar numa fábrica de móveis e ajudava Pedro Morgado, pai dos seus colegas, no trabalho de transportista.
Por conselho do padre Rodríguez, ingressa no seminário e na Congregação dos Redentoristas, em San Bernardo. Víctor, mais tarde, assim lembraria esse momento:
"Para mim foi uma decisão muito importante entrar para o seminário. Quando o penso agora, da perspectiva mais dura, acho que fiz aquilo por razões íntimas e emocionais, pela solidão e o desespero de um mundo que até esse momento tinha sido sólido e perdurável, simbolizado por um lar e o amor da minha mãe. Eu já estava envolvido com a Igreja, e naquela altura procurei refúgio nela. Então pensava que esse refúgio iria guiar-me até outros valores e ajudar-me a encontrar um amor diferente e mais profundo, que porventura compensasse a ausência do amor humano. Julgava que talvez achasse esse amor na religião, dedicando-me ao sacerdócio."
Dois anos mais tarde, em 1952, abandonaria o seminário, ao dar pela sua falta de vocação, mas lembraria positivamente o canto gregoriano e a parte da interpretação litúrgica. A saída do seminário coincide com a ida para a tropa.
Só em 1990 é que o Estado chileno, através da Comissão da Verdade e a Reconciliação, reconheceu que Víctor Jara foi assassinado a tiros no dia 16 de setembro de 1973 no Estádio Chile e depois teve seu corpo lançado num matagal perto da Estrada Sul. Em seguida a esses acontecimentos, Jara teve seu corpo levado à câmara mortuária, onde foi identificado pela esposa. Seus restos foram enterrados no Cemitério Geral de Santiago do Chile.
Em setembro de 2003, trinta anos após o assassinato de Jara, o Estádio Chile foi rebatizado como Estádio Victor Jara, como uma forma de homenagem ao cantor e sua família.
Assinar:
Postagens (Atom)