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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

FHC manda Serra se levantar

Em cerimônia de posse do governador Alckmin, no instante em que estava sendo elogiado, desanimado, o candidato derrotado José Serra precisou do aconselhamento do ex-presidente FHC para se levantar e agradecer os aplausos do público presente, em sua maioria formado por funcionários públicos tucanos lotados em cargos de confiança.

Alckmin já 'investe' na produção de manchetes


A Folha de S. Paulo desta terça-feira (4) traz matéria de capa na qual relata a determinação do governador tucano Geraldo Alckmin de realizar "auditorias" em contratos da gestão do antecessor José Serra.

Afora as previsíveis disputas internas no PSDB, a iniciativa dele realça apenas a velha prática alckmista de "investimento em produção de manchetes". Como não representa nada de novo e nem traz qualquer proposta, ação ou plano de governo que o diferencie de fato de Serra, resta ao governador - em mais um mandato - repetir a dose do "mais do mesmo".

Veja um trecho da matéria da Folha de S. Paulo:

Alckmin fará auditorias em contratos do governo Serra

"O governador Geraldo Alckmin auditará todos os contratos de terceirização de serviços herdados da gestão de José Serra (PSDB), informa reportagem de Daniela Lima e Catia Seabra, publicada nesta terça-feira pela Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Os alckmistas dizem que não é revanche, mas a determinação de Alckmin repete pacote anunciado por Serra em 2007 que abriu crise entre "serristas" e "alckmistas".

Na primeira semana de governo, Serra apresentou medidas de austeridade fiscal, que incluíam desde a revisão de contratos até pente-fino no funcionalismo. Alckmin havia deixado o governo em 2006 e se sentiu exposto".

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Vencer a barreira da desigualdade

Indico o excelente artigo do jurista e professor Fábio Konder Comparato, publicado no site da revista CartaCapital. Leia um trecho abaixo:

"A ligação entre democracia e direitos humanos é visceral, pois trata-se de realidades intimamente correlacionadas. Sem democracia, os direitos humanos, notadamente os econômicos e sociais, nunca são adequadamente respeitados, porque a realização de tais direitos implica a redução substancial do poder da minoria rica que domina o País. Como ninguém pode desconhecer, sem erradicar a pobreza e a marginalização social, com a concomitante redução das desigualdades sociais e regionais, como manda a Constituição (art. 3º, III), é impossível fazer funcionar regularmente o regime democrático, pois a maioria pobre é continuamente esmagada pela minoria rica". Leia mais.

Obras para poucos e sempre atrasadas

Do Jornal da Tarde:

Obras de transporte em SP: atrasadas e sem prazo

Bruno Ribeiro


"Ir da zona leste até Pinheiros, na zona oeste, fazendo uma única baldeação de metrô. Ou sair da Avenida do Estado e entrar na Marginal do Tietê, sentido Castelo Branco, sem ter de passar pela sempre engarrafada Avenida Cruzeiro do Sul. O ano de 2010 acabou e, ao verificar o quanto dessas promessas feitas pelo poder público foram cumpridas, a reportagem descobriu que o resultado não é positivo.

A demora está em três das quatro principais obras do Estado: Linha 4-Amarela do Metrô, ampliação da Marginal do Tietê e o prolongamento da Avenida Jacu-Pêssego, na zona leste. Incompletas, todas já estão inauguradas. Juntas, elas estão custando R$ 7,1 bilhões aos cofres públicos. Isso sem contar o Trecho Sul do Rodoanel, que já é considerado pronto, mas inda passa por serviços de acabamento. O Estado não admite os atrasos. Fala em novos cronogramas. E justifica parte da demora destacando, entre outros quesitos, a questão da segurança.

O Metrô é o caso de atraso mais emblemático. Das oito estações que deveriam ter sido abertas em 2010, quatro estão funcionando. E as quatro apresentam problemas: até agora, só ficam abertas quando são menos necessárias – fora do horário de pico. Toda a primeira fase da Linha 4-Amarela (que liga a Luz, no centro, à Vila Sônia, na zona oeste), aliás, já deveria estar pronta. Como “primeira fase”, estão as estações mais importantes: Luz, República e Pinheiros, que vão ser integradas às linhas 1-Azul e 3-Vermelha e à CPTM". Leia mais.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Discurso de posse de Dilma no Congresso

Brasil renova esperança com posse de Dilma


Trecho de reportagem do jornal francês Le Monde publicado no portal UOL:

Dilma herda conquistas de Lula com desafio de superá-lo

Do Le Monde

"Um operário, uma mulher. Pela segunda vez, a democracia brasileira, outrora violentada, hoje vibrante, inova com felicidade. No sábado, 1º de janeiro, o ex-metalúrgico Luís Inácio Lula da Silva cederá sua poltrona a sua sucessora, Dilma Rousseff, a ex-guerrilheira que se tornou economista e tecnocrata, eleita há dois meses a primeira mulher presidente do Brasil.

Dilma, como todos a chamam, chega ao cargo supremo em um contexto bem mais invejável que o de 2002. Não tem necessidade, como então, de acalmar os meios empresariais que o sindicalista barbudo ainda assustava, apesar de suas promessas tranquilizadoras. Graças ao pragmatismo de Lula, nunca desmentido em oito anos, os capitais hoje afluem à Bolsa de São Paulo, para se investir ou especular.

A nova presidente se beneficia da herança de seu antecessor. Uma democracia consolidada, livre da inflação, com uma riqueza multiplicada pelo aumento da cotação das matérias-primas. Crescimento, emprego, consumo, moeda: os grandes indicadores do Brasil estão com sinal verde. Principalmente com um fabuloso tesouro petrolífero que dorme ao largo de suas costas.

Ao realismo econômico acrescenta-se uma relativa ousadia social. Graças ao ambiente de dinamismo e a uma série de ajudas familiares, 15 milhões de brasileiros nos últimos oito anos escaparam do desemprego, integraram a economia formal e deixaram de ser pobres ou muito pobres. Eles se uniram ao crescente exército das classes médias, ávidas por possuir, consumir e viver melhor".