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domingo, 4 de novembro de 2007

Tucano cada vez mais enrolado

Do jornal Folha de São Paulo hoje (04)

As seis empreiteiras que, de acordo com a Polícia Federal, fizeram doações clandestinas de R$ 8,2 milhões para a campanha de 1998 à reeleição do então governador mineiro e atual senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) receberam R$ 296 milhões em pagamentos por obras na sua gestão (de 1995 a 1998).
O levantamento foi feito, a pedido da Folha, pela Secretaria de Transportes e Obras Públicas de Minas. Os recursos repassados às empreiteiras somam 13,3% dos gastos em obras de 1996 a 1998 no Estado (a secretaria não forneceu dados de 1995), de R$ 2,2 bilhões.

Em relatório do inquérito que apurou o valerioduto tucano -suposto esquema de financiamento irregular da campanha de Azeredo e aliados em 1998-, a PF aponta que seis construtoras fizeram doações irregulares por meio de depósitos em contas de empresas do publicitário Marcos Valério. São elas: Erkal (repasse de R$ 101 mil), ARG (R$ 3 milhões), Queiroz Galvão (R$ 2,36 milhões), Egesa (R$ 1,8 milhão), Tratex (R$ 903,5 mil) e Servix (R$ 50 mil).

Esse dinheiro, aponta a PF, foi usado para quitar empréstimos contraídos por empresas de Valério para a campanha ou "custearam diretamente despesas eleitorais". Assinante leia mais.

Gasto com o social aumenta

Do jornal O Estado de São Paulo hoje (04)

Os gastos do governo federal com programas e ações sociais estão crescendo de forma consistente há mais de dez anos. Em algumas áreas, os valores aumentaram dez vezes no período de 1995 a 2005. É o caso do conjunto de programas englobados na chamada assistência social - que inclui o pagamento dos benefícios de prestação continuada (BPC), do Programa Bolsa-Família, dos serviços de ação continuada (SAC) e do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti).

Em 1995, o governo destinava 0,08% do Produto Interno Bruto (PIB) para esses benefícios assistenciais; em 2005, eles já representavam 0,83%. Em termos absolutos, a variação foi de R$ 1,3 bilhão para R$ 18 bilhões para a área.

Esses números fazem parte de um boletim que deve ser lançado oficialmente nos próximos dias pelo setor de estudos sociais do Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea), sob a coordenação do economista Jorge Abrahão. leia mais.

sábado, 3 de novembro de 2007

Construcanagem

Veja só o que a Folha de S. Paulo publica neste sábado (3) sobre uma enrolada na qual tucanos se envolveram usando o DER como ponta-de-lança para uma jogada com uma construtora que tem contratos com o governo do Estado. São três notas da coluna Painel sobre doação de uma TV plasma para a administração do DER:

"Lé... O DER de São Paulo fechou em maio contrato de quase R$ 1 mi, sem licitação, com a Constroeste para pavimentação e reconstrução de um aterro na estrada SP-351, entre Batatais e Sales Oliveira, no interior do Estado.

...com cré. No mês anterior, a superintendência do DER, sob comando de Delson Amador, havia sido contemplada com uma TV de plasma LG, de 50 polegadas, avaliada em R$ 12 mil. A doação, que viria a ser anulada depois de o caso vir à tona, foi feita por uma empreiteira de obras públicas: a mesma Constroeste.

Outro lado. A Secretaria de Estado dos Transportes nega que a construtora tenha sido beneficiada. E diz que a TV só foi aceita inicialmente porque seria usada como um instrumento de trabalho
".

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Dica de vídeo do blog para o feriadão

Por Celina Sales, com informações do portal Cineclik:

FALE COM ELA (Hable Con Ella, Espanha, 2002)

Sinopse: Na platéia de um espetáculo de Pina Bausch, dois espectadores sentam-se casualmente lado a lado. Um deles é Benigno (Javier Cámara), um jovem enfermeiro; o outro é Marco (Darío Grandinetti), um escritor de 40 e poucos anos. Durante a peça The Fairy Queen, de Henry Purcell, Marco se emociona e começa a chorar. Benigno observa as lágrimas do homem que senta ao seu lado e sente certa compaixão do estranho. Chega a sentir vontade de dizer-lhe que também está emocionado, mas não chega a fazê-lo. Meses depois, os dois se encontram novamente na clínica "El Bosque", na qual Benigno trabalha. Dessa vez, o que os une é a tragédia. A noiva de Marco, Lydia (Rosario Flores), uma toureira profissional, está internada, em coma. O enfermeiro cuida de Alicia (Leonor Watling), uma jovem bailarina, que está no mesmo estado. Depois desse segundo encontro, tem início uma grande amizade entre os dois homens, tão estável e linear como uma montanha-russa. Enquanto estão na clínica, os quatro personagens têm suas vidas repassadas, culminando em um destino inesperado para o quarteto.

Elenco: Javier Cámara, Darío Grandinetti, Rosario Flores, Leonor Watling, Geraldine Chaplin, Mariola Fuentes, Fele Martínez, Paz Vega, Chus Lampreave, Elena Anaya

Comentário: Pedro Almodóvar é um diretor que está entre os meus preferidos. Esse filme é sensível... bonito!!!

Bom fim de semana!!!

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Por que Zico Presidente (7)


Uma das lideranças do PT na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza também apóia José Zico Prado à Presidência do PT Estadual no PED de dezembro próximo. Vaccarezza fala sobre o papel de Zico no Diretório Estadual como articulador e capaz de unir o partido em torno das suas principais bandeiras de luta no Estado de São Paulo:

"Voto no Zico porque entendo que o Diretório Estadual do PT precisa de um presidente com capacidade política, experiência de condução partidária e, principalmente, que saiba conduzir uma oposição qualificada aos tucanos no Estado. O nosso candidato tem condições de dirigir o PT para que este responda aos desafios que estão postos. Zico tem um passado de luta - antes mesmo de integrar o PT já participava de movimentos de oposição à ditadura militar. Sem dúvida, é o melhor de todos os candidatos. Voto nele e peço o voto dos companheiros no dia 2 de dezembro. O interior do Estado e a Capital só têm a ganhar com a sua eleição. Com ele o PT estará melhor representado em São Paulo".

Cândido Vaccarezza - Deputado Federal PT de São Paulo

O "inferno astral" de Geraldo Alckmin

Prestes a fazer 55 anos, o tucano Geraldo Alckmin passa por um tremendo inferno astral: o relator do TSE recebe parecer rejeitando suas contas de 2006; Kassab melhora nas pesquisas e ameaça sua pretensão de disputar a prefeitura de São Paulo em 2008 e o período em que governou o Estado de São Paulo é objeto de denúncias de irregularidades generalizadas. Pelo visto, será uma comemoração bastante tensa e regada a incertezas. As notícias que publico abaixo ilustram bem a situação política atual do ex-governador.

PARECER DO TSE PEDE REJEIÇÃO DAS CONTAS DE ALCKMIN (Folha de S. Paulo, hoje )

"A assessoria técnica do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) emitiu novo parecer pela rejeição das contas do candidato do PSDB à Presidência em 2006, Geraldo Alckmin, e do comitê financeiro da campanha dele.

Os técnicos apontaram irregularidades como contratação de despesas antes da abertura de conta bancária pelo candidato e inclusão de fornecedores sem o CNPJ ou com número contraditório...

...Os técnicos questionam também a transferência de dívidas que somam R$ 19,9 milhões do comitê financeiro para o PSDB, particularmente o lançamento de dois valores -R$ 4.900 e R$ 2.400-, classificados de forma genérica como "despesas diversas a especificar". Para os técnicos, trata-se de "manobra ilícita" em descumprimento da Lei Eleitoral, que exige prestação de contas detalhada". Assinante Leia mais.

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SONHO DISTANTE (Jornal da Tarde, hoje)

"Prestes a fazer 55 anos dia 7, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) tem sentido efeitos do “inferno astral” na vida política. O mais recente revés ocorreu ontem no Tribunal Superior Eleitoral (TSE): o ministro José Delgado recebeu parecer técnico de assessores do órgão pedindo rejeição das contas da campanha do tucano à Presidência em 2006. Os problemas não param por aí, e passam pela disputa ensaiada entre Alckmin e o prefeito Gilberto Kassab (DEM) pela candidatura à Prefeitura em 2008".

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SAIA-JUSTA NO HOTEL (Jornal da Tarde, hoje)

"Alckmin também se viu em saia-justa por sua gestão no governo do Estado, com a cessão, pela Sabesp, de terrenos ao deputado estadual Celino Cardoso (PSDB), em Mairiporã. No local, está o hotel Refúgio Cheiro de Mato, às margens da Represa Paiva Castro, que pertence ao tucano e é apontado pela Sabesp como um dos problemas ambientais da região.

As áreas foram cedidas em 2000, 2001 - quando Alckmin era vice de Mário Covas - e 2003, com ele já no comando do Estado. A Sabesp nega favorecimento a Celino, alega faz inspeções e, quando houve irregularidades, o tucano foi obrigado a saná-las".

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CPI DOS PEDÁGIOS (Jornal da Tarde, hoje)

"O governo do tucano também está na mira de um pedido de CPI na Assembléia Legislativa, feito por Rui Falcão (PT), para investigar a prorrogação, por até oito anos, de 10 contratos de concessão de rodovias estaduais. A extensão gerou polêmica, por ter ocorrido bem antes do fim do prazo dos acordos, que iam até 2018. A apuração proposta pelo petista esbarra em outro tema delicado para os tucanos: Falcão quer comparar os preços cobrados em pedágios de concessões estaduais com os que deverão ser praticados nas rodovias federais, mais baixos, de acordo com os editais de concorrência. Para evitar problemas com a apuração, Alckmin depende do apoio de aliados do governador José Serra (PSDB), que, apesar de negar, vê com bons olhos apoio à reeleição de Kassab em vez de lançar o ex-governador". Leia mais.

Onde estão os responsáveis?

Do Jornal da Tarde hoje (1)

"Quando uma das 18 lâmpadas da rua queima, ninguém telefona para o Departamento de Iluminação Pública (Ilume). Os moradores já sabem o que fazer: chamam Zé Carlos e preparam a imensa escada de madeira. Esse contador de 45 anos - ajudado pelos vizinhos - providencia a troca da peça.

Os moradores das cerca de 30 casas da Rua da Olaria, no M'Boi Mirim, Zona Sul, fizeram uma 'vaquinha' e foram os responsáveis pela implantação do sistema de iluminação pública. O material usado foi de primeira qualidade, eles contam. Os moradores dizem ter cansado de esperar pelo poder público. Também são responsáveis pela compra das luminárias novas.

A história é antiga. Começou há cerca de 15 anos, quando os postes foram instalados na rua. De lá para cá, foram idas e vindas de pedidos para que a luz fosse ligada, mas nenhum com sucesso". Leia mais.

Meu comentário: O Departamento de Iluminação Pública (Ilume) não tem conseguido o básico: fazer a manutenção dos serviços de iluminação pública na cidade de São Paulo. Os relatórios da Ouvidoria do Município mostram que este serviço foi o campeão de reclamações nos últimos meses.

Lendo a matéria acima concluimos que o termo apropriado para qualificar os atuais gestores desta área na administração é: incompetência!